Não confie no ‘modo anônimo’: veja como realmente navegar com privacidade

Em uma era em que a privacidade online tornou-se uma preocupação global, muitos usuários confiam no modo anônimo dos navegadores como uma solução para proteger suas informações.

No entanto, este recurso não oferece a proteção completa que muitos acreditam. Na verdade, ele impede o armazenamento local de dados, mas não esconde a atividade online dos provedores de internet ou dos sites visitados.

Além disso, a descoberta de que gigantes digitais, como Google e Facebook, continuam a rastrear atividades no modo anônimo desmistificou a confiança excessiva neste recurso.

Um exemplo é um processo contra o Google que revelou bilhões de registros de dados de usuários coletados mesmo em modo anônimo. Portanto, são necessárias estratégias adicionais para assegurar a privacidade online.

Limitantes do modo anônimo

O modo anônimo, embora útil em cenários específicos, não é suficiente para garantir anonimato total. Afinal, o endereço IP do usuário continua visível para diversos atores digitais, conforme mencionado acima.

Ademais, ao se logar em contas online, mesmo no navegador “anônimo”, o usuário revela sua identidade, anulando qualquer tentativa de navegação privada.

Impressão digital do navegador

Outra técnica de rastreamento, conhecida como “impressão digital do navegador”, coleta informações sobre as configurações do dispositivo de onde o acesso foi feito, criando um perfil único.

Assim, mesmo sem cookies, sites podem identificar usuários recorrentes. E, por falar em cookies, eles são outro artifício muito utilizado para o rastreamento de atividades online às quais os usuários devem se atentar.

O que fazer para aumentar a privacidade online?

Para um nível mais elevado de privacidade, é necessário adotar ferramentas e práticas complementares.

Uma dessas ferramentas é a rede privada virtual (VPN), que oculta o endereço IP e criptografa a conexão. Optar por VPNs pagas é recomendado devido à maior transparência nas políticas de privacidade.

Além das VPNs, outras práticas eficazes são:

• Escolher navegadores focados na privacidade, como Brave e DuckDuckGo;
• Ajustar configurações de privacidade nos navegadores;
• Limpar regularmente histórico, cookies e cache.

Gerenciamento de contas e permissões

Evitar logins em contas pessoais durante sessões privadas também é de fundamental importância. Além disso, revisitar e desativar contas antigas pode prevenir vazamentos de informações.

É igualmente importante monitorar as permissões de aplicativos em dispositivos móveis para bloquear o acesso suspeito a dados pessoais.

Atualizações e segurança

Manter sistemas operacionais e aplicativos atualizados é vital para proteger contra falhas de segurança.

Atualizações frequentes trazem correções importantes que reforçam a privacidade, o que não pode ser deixado de lado.

Revisão de privacidade no Google

O Google oferece o assistente Privacy Checkup, acessível ao fazer login em sua conta.

Ele permite ajustar configurações sobre coleta de dados e anúncios, oferecendo maior controle sobre as informações compartilhadas. Ou seja, é uma ferramenta extremamente útil na busca por mais privacidade.

A navegação privada requer mais do que simplesmente usar o modo anônimo. É necessário adotar práticas robustas e ferramentas específicas para garantir uma presença online segura e protegida.

A conscientização e a aplicação dessas estratégias são fundamentais na busca por anonimato digital.