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Economia

Cias&Cifras | busca por BDRs aumenta exponencialmente; debêntures perdem ritmo

Cias&Cifras | busca por BDRs aumenta exponencialmente; debêntures perdem ritmo

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Há bolha no mercado quase tão perigosa quanto em 1929 ou 2000, diz bilionário

As corretoras brasileiras estão tendo um boom na procura de clientes por BDR’s que são títulos de ações estrangeiras listados no Brasil.

Segundo o Estadão, com o acesso das pessoas físicas aos BDRs, a demanda só tem crescido por conta da possibilidade de diversificação, bem como rebalanceamento de carteira.

Conforme o jornal, na Clear, uma das corretoras do Grupo XP, o aumento dos clientes comprando BDRs subiu 240 vezes entre os dias 22 de outubro e 05 de novembro.

Já o número de ordens cresceu 40 vezes. Até há pouco tempo, esses papéis estavam disponíveis apenas para grandes investidores, com mais de R$ 1 milhão em investimentos financeiros.

Nesse período, até o dia 5, o BDR da Alphabet, dona da Google, foi a campeã de procura, segundo dados da B3. Logo depois está o Mercado Livre. Na sequência, estão outras gigantes do mundo tech, como Apple, Tesla e Alibaba.

BDR’s

Levantamento da XP Investimentos informa que a liquidez dos BDR’s aumentou quase 60% após liberação da B3.

BDR’s são Brazilian Depositary Receipts ou certificados emitidos no Brasil que representam ações de empresas estrangeiras.

Segundo a gestora, quem apostou em uma explosão de liquidez nos BDRs, após a B3 anunciar a liberação definitiva desses ativos para os investidores na Bolsa brasileira, acertou em cheio.

Após uma semana desses ativos estarem mais acessíveis, houve, em média, um aumento de 59% nesse quesito, em comparação à média de liquidez dos últimos 30 dias.

“O salto foi de R$ 103,3 milhões em volume transacionado, na média dos últimos 30 dias, para R$ 164,7 milhões, na média desde a última quinta-feira, quando os investidores em geral passaram a poder investir nos BDRs”, disse.

O relatório é assinado pelos analistas Guilherme Giserman e Vinícius Araújo, para quem esse dado é importante porque mostra como as regras da CVM, em conjunto com os ajustes da B3, impactaram positivamente em um mercado que era restrito a investidores com mais de R$ 1 milhão investidos e a profissionais certificados.

“Era exatamente por essa restrição e, portanto, pelo baixo volume de negócios nos BDR’s, que se levantava a liquidez como a principal desvantagem desse tipo de investimento. Porém, em apenas uma semana os sinais já evidenciam as mudanças para os BDR’s.”, frisou a XP.

> Debêntures: emissões perdem ritmo em 2020

Faltando cerca de 50 dias para o fim de 2020, o mercado financeiro constatou que a emissão de debentures por parte das empresas caiu consideravelmente. O levantamento é do Valor Econômico.

Conforme o jornal, o mercado local de títulos de dívida perdeu o brilho dos últimos dois anos, voltando aos níveis pré-2018. Com os fundos de crédito privado convivendo com saques já há um ano, os bancos passaram a encarteirar boa parte das emissões de debêntures. A crise também provocou uma redução das ofertas.

Debêntures

De acordo com dados da Anbima, neste ano até setembro, as ofertas com esforços restritos de colocação, via Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), somavam até setembro R$ 72,5 bilhões, ou 42,6% dos R$ 170 bilhões alcançados por essas operações em 2019. No período, foi realizada apenas uma oferta via Instrução CVM 400.

Ainda no acumulado do ano até setembro, 77,6% das operações ficaram com os bancos coordenadores, contra um percentual de 40,6% no ano passado. Já a participação dos fundos na distribuição dos papéis caiu de 48,8% em 2019 para 14,7% este ano.

O prazo das emissões também encurtou um pouco. Em 2019, a maior parcela, 45% delas, saiu com vencimento entre quatro e seis anos. Já neste ano, 38,9% foram emitidas com vencimento em até três anos. O prazo de quatro a seis anos concentrou 24,5% do total de ofertas. Em relação à remuneração, em vez de percentual do DI, predomina neste ano o “DI +.

Neste ano de incertezas, quase nenhuma empresa quis se arriscar a aumentar a base de investidores, fazendo ofertas 400, que incluem o varejo. “Uma oferta 400 demora de quatro a seis meses. Uma 476, de três a quatro semanas. Só se não estiver precisando do dinheiro o emissor vai esperar meses para captar, no cenário atual de volatilidade e covid”.

> Linx (LINX3) reporta prejuízo líquido de R$ 7,9 mi

A Linx (LINX3) reportou prejuízo líquido de R$ 7,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante perda de R$ 171 mil no mesmo período de 2019, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta segunda-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos controladores.

A receita operacional líquida somou R$ 220,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 12,2% sobre a receita de R$ 196,9 milhões em igual período do ano passado.

A companhia teve Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 44,6 milhões no penúltimo trimestre deste ano, 11,3% acima do Ebitda de R$ 40 milhões de igual intervalo do ano passado., A margem Ebitda passou de 20,4% para 20,2% entre os dois períodos.

Stone e Totvs

A Linx está em vias de ser adquirida pela Stone. A Totvs quer a desenvolvedora de software e entrou na briga pelos ativos.

Ainda que tudo esteja favorável para a Stone, o conselho de administração da Linx decidiu prorrogar a validade de sua proposta até 31 de dezembro.

A decisão não surpreende. O presidente do conselho de administração da Totvs, Laércio Cosentino, disse que seguirá na disputa com a Stone até o final e que a empresa está disposta a elevar a sua oferta.

Além disso, ela considera recorrer à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para suspender uma assembleia de acionistas da Linx.

O resultado desse pleito dependerá dos acionistas, uma vez que a administração da Linx já disse que a oferta da Totvs não atende aos seus interesses.

Ambas vivem uma relação conturbada. A Totvs afirmou que, desde o início das responsabilidades, conselheiros independentes da Linx assumindo o compromisso de garantir uma competição justa. Mas que sucessivos aditivos e análise apressada das propostas resultado, para a Totvs, em perda da independência dos conselheiros.

Não foi a primeira vez que a Totvs sobiu o tom contra a administração da Linx. A empresa já havia criticado a recusa do conselho independente em assinatura a minuta do protocolo de incorporação da Totvs.

A briga entre as companhias começou quando o conselho de administração da Linx assinou contrato de venda para Stone, no dia 11 de agosto, por R $ 6,04 bilhões. A proposta envolvia um pagamento diferenciado aos fundadores da Linx, que ocupam três das cinco vagas do conselho.

Linx

> Yduqs (YDUQ3): lucro cai no 3º tri

O grupo de ensino Yduqs (YDUQ3) teve queda no lucro do terceiro trimestre, mas seus resultados ajustados vieram acima das previsões de analistas, uma vez que a divisão de ensino à distância compensou parcialmente os efeitos do fechamento das escolas diante da pandemia da Covid-19.

A companhia anunciou nesta segunda-feira (9) que seu lucro ajustado de julho a setembro somou R$ 191,3 milhões, queda de 1,5% ante mesma etapa do ano passado. A previsão média de analistas da Refinitiv era de lucro de R$ 123,6 milhões, mas não ficou claro se os números são comparáveis.

Em termos líquidos, o lucro da companhia foi de R$ 112,5 milhões, queda de 26,5% no comparativo anual.

Grupo Athenas

Fortalecida também pela inclusão das operações do grupo Athenas (agosto e setembro) e Adtalem (maio a setembro), compradas pela Yduqs, a receita líquida da companhia somou R$ 976,3 milhões, aumento de 17,2% contra mesma etapa de 2019.

O ensino digital registrou alta de 56% na receita, compensando em parte a perda de 18% no total de alunos matriculados nas aulas presenciais.

Resultado operacional

O resultado operacional medido pelo Ebitda somou R$ 332,2 milhões, aumento de 10%. Em termos ajustados, o Ebitda subiu 19,5%, para R$ 411 milhões.

A Yduqs fechou setembro com posição de caixa em R$ 1,9 bilhão, o que, somado e o baixo endividamento (1,41 vez o Ebitda) “nos deixa com um balanço sólido e com espaço para novas aquisições”, afirmou a companhia.

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