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Raízen fecha ano fiscal 2024/25 com prejuízo de R$ 4,2 bi
Companhia é uma empresa de energia e bioenergia.
A Raízen (RAIZ4) encerrou o quarto trimestre do ano fiscal 2024/25 com um prejuízo líquido de R$ 2,514 bilhões, alta de 186% em relação às perdas de R$ 879 milhões registradas no mesmo período do ciclo anterior. Com isso, a companhia fechou o exercício anual com resultado negativo de R$ 4,177 bilhões, revertendo o lucro de R$ 614 milhões obtido em 2023/24.
O desempenho financeiro foi fortemente impactado por adversidades climáticas, como estiagem severa e queimadas nos canaviais da região Centro-Sul, que afetaram a produtividade e o rendimento industrial do segmento de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB). Segundo a administração, isso comprometeu a disponibilidade de produto, alterou o mix de produção e reduziu a diluição de custos.
Apesar do cenário desafiador, a receita líquida da Raízen cresceu 15,8% no acumulado do ano fiscal, alcançando R$ 255,269 bilhões, frente aos R$ 220,454 bilhões de 2023/24. Já o Ebitda ajustado recuou 25,9%, somando R$ 10,820 bilhões. No quarto trimestre isoladamente, a receita líquida foi de R$ 57,727 bilhões (+7,5%), com Ebitda ajustado de R$ 1,721 bilhão, queda de 53,3% na comparação anual.
A alavancagem da companhia também aumentou de forma expressiva, passando de 1,3x para 3,2x a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado dos últimos 12 meses. A dívida líquida encerrou o trimestre em R$ 34,26 bilhões, crescimento de 78,9% frente ao ano anterior.
O capex do trimestre foi de R$ 4,507 bilhões (-12%), enquanto no acumulado do ciclo fiscal totalizou R$ 11,91 bilhões, retração de 6%. A companhia destacou que o corte nos investimentos segue uma estratégia de racionalização e foco em ativos estratégicos.
Desempenho operacional da safra
Durante a safra 2024/25, a Raízen processou 78,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 7,1% inferior ao ciclo anterior. A produção de açúcar caiu 12,6%, somando 5,103 milhões de toneladas. A produção de etanol de primeira geração recuou levemente (-0,3%), para 3,137 milhões de m³, enquanto a de etanol de segunda geração (E2G) cresceu 63,3%, totalizando 58,8 mil m³. O mix de produção ficou equilibrado, com 50% destinados ao açúcar e 50% ao etanol.
O ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) subiu 1,5% no ciclo, para 135,8 kg por tonelada de cana, mas o TCH (toneladas de cana por hectare) caiu 10,6%, evidenciando os impactos da seca sobre a produtividade agrícola.
A empresa
A Raízen é uma joint venture criada em 2011 pela união entre a brasileira Cosan e a anglo-holandesa Shell, tornando-se uma das maiores companhias de energia e bioenergia do mundo. Atua em toda a cadeia produtiva de açúcar, etanol e bioenergia, com presença também nos setores de distribuição e comercialização de combustíveis. É uma das líderes globais na produção de etanol de cana-de-açúcar e tem expandido investimentos em energias renováveis, como o etanol de segunda geração (E2G).

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