Bolsa fecha em alta e acumula ganho de 11,39% no mês

A sexta-feira 13 foi bem tranquila para a Bolsa, que acompanhou o mercado internacional e operou no azul na maior parte do dia. Por aqui, os investidores ficaram aliviados com a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que não haverá populismo na definição do novo programa social. A alta das ações da Petrobras e dos bancos também ajudou no movimento.

O Ibovespa encerrou com apreciação de 2,10%, aos 104.656 pontos. Ao longo do dia, o índice variou entre a mínima de 103.508 pontos e a máxima de 104.725 pontos. O giro financeiro somou R$ 31,3 bilhões. No mês, o indicador registrava valorização de 11,39% e, no ano, a queda é de 9,5%.

Durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), Guedes disse que o Brasil está saindo da recessão. “O país está saindo da recessão. Nossa hipótese de trabalho é que a doença está descendo, a pandemia está descendo, são os fatos. A vacina está chegando”, disse. Além disso, o ministro garantiu que o novo programa social que irá substituir o auxílio emergencial não será populista e se comprometeu a voltar a discutir as reformas fiscais.

Logo cedo, o Banco Central informou que IBC-Br, índice considerado referência mensal para o PIB, subiu 1,25% em setembro, ante agosto e acima da expectativa dos analistas.

No exterior, a preocupação com o avanço do coronavírus na Europa e nos Estados Unidos continua. Ontem, a chanceler Angela Merkel, o presidente do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA), Jerome Powell e a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, se pronunciaram sobre o temor com a segunda onda do coronavírus.  Todos esperam que a vacina reduza as incertezas, mas é fato que a recuperação da economia, mesmo com a vacina, só deve acontecer no médio prazo.

Na Europa, a França, o Reino Unido e a Alemanha adotaram novos lockdowns, com diferentes níveis de restrição. Nos EUA, o número de casos de contaminação voltou a bater recorde, foram 163.405 na quinta-feira. Para ajudar, republicamos e democratas estão longe de chegarem a um acordo sobre o pacote de estímulo à economia norte-americana.

Sobre a vitória de Joe Biden nos EUA, ontem a rede CNN informou que o democrata vencerá no Arizona, um dos Estados onde o presidente Donald Trump esperava ganhar, com isso a vitória de Biden se confirma e a China parabenizou o candidato.

Do lado corporativo, as ações da Petrobras fecharam com alta de3,51% e Vale com avanço de 1,05%. Os bancos também terminaram o dia em terreno positivo: Itaú 2,15%, Bradesco 3,29%, Banco do Brasil 0,76% e Santander, +2,50%.

A B3 reportou lucro líquido de R$ 1,137 bilhão, 58% maior que o verificado no mesmo período de 2019. O número médio de investidores ativos cresceu 120%, reflexo do maior interesse pela diversificação de investimentos em um ambiente de taxa de juro baixa. A ação fechou com declínio de 0,57%.

A Oi registrou prejuízo de R$ 2,63 bilhões no terceiro trimestre do ano, 54,1% menor que o prejuízo de R$ 5,74 bilhões verificado no mesmo período de 2019. O papel avançou 3,98%.

A Natura apresentou lucro líquido de R$ 377,7 milhões, ante R$ 376,8 milhões no mesmo período de 2019. A ação reagiu positivamente e encerrou com ganho de 3,59%.

A CPFL Energia e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) apresentaram lucro no terceiro trimestre do ano de R$ 1,351 bilhão (+80,8% ante o mesmo período de 2019) e de R$ 680,4 milhões (+10,9%), respectivamente.  Os papéis dessas empresas subiram 3,03% e 3,95%, respectivamente.

A ação da Sabesp caiu 0,40%, refletindo a queda de 65,1% no lucro líquido do terceiro trimestre deste ano, para R$ 421,6 milhões.

A BR Malls apresentou lucro líquido de R$ 37,5 milhões, queda de 79,9% ante o mesmo período de 2019. O papel ganhou 0,31%.

A C&A registrou prejuízo de 28,2 milhões, ante lucro de R$ 19,1 milhões no terceiro trimestre do ano passado. Ação subiu 1,57%.

Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com avanço de 1,37%, aos 29.479 pontos e o Nasdaq com valorização de 1,02%, aos 11.829 pontos.