Economia
Parceria da chinesa Spic no Brasil pode aliviar tensões entre os países
Empresa vai destinar 20 milhões de reais para o desenvolvimento de pesquisas para ampliação do uso de sistemas inteligentes e renováveis.
A elétrica chinesa Spic fechou nesta quinta-feira uma parceria com o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobras, para realização de pesquisas que visam expandir o uso de sistemas inteligentes e renováveis, em uma estratégia que pode, na visão de executivos, ajudar a aliviar eventuais desgastes nas relações entre os dois países.
A companhia vai destinar 20 milhões de reais “a fundo perdido” para o desenvolvimento dos projetos, que deverão envolver estudos em energia inteligente integrada, células de combustíveis a hidrogênio e baterias para armazenamento, disse a CEO da Spic Brasil, Adriana Waltrick.
“A energia inteligente é um dos pilares do negócio da Spic Brasil”, avaliou a executiva em entrevista a jornalistas. Segundo ela, a empresa continua de olho em projetos hidrelétricos no país, bem como em renováveis e de segurança energética, como térmicas com gás do pré-sal.
Sobre a possibilidade das iniciativas em inovações tecnológicas ajudarem a reduzir tensões entre Brasil e China, os executivos da Spic e do Cepel disseram que a cooperação é sempre bem-vinda para as relações entre os países. “A cooperação sempre contribui para reduzir tensões… a cooperação alivia, evita que tensões sejam ampliadas, se existem (tensões), ela (cooperação) certamente contribui para reduzir…”, disse Amílcar Guerreiro, diretor-geral do Cepel.
Recentemente, a embaixada chinesa reagiu ao que chamou de “comentários difamatórios” feitos por um filho do presidente Jair Bolsonaro a respeito da tecnologia 5G da Huawei.
Waltrick afirmou ainda que a empresa tem “excelente relacionamento com autoridades setoriais, e que a cooperação no campo da inovação “desconhece fronteiras”.
“A Spic é uma parceira do Brasil e tem visão de longo prazo”, acrescentou.
Mais cedo no mesmo dia, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque ressaltou a “satisfação de iniciar a nova parceria com o intuito de desenvolver troca de experiências em projetos de energia” com a estatal chinesa durante o evento de assinatura do memorando de entendimento entre Spic e Cepel.
A parceria com a Spic, segundo o ministro, ajudará a ampliar os “elevados índices de produtividade que o Brasil possui na geração de eletricidade de fontes renováveis”. A chinesa detém a outorga da hidrelétrica São Simão, entre Goiás e Minas Gerais, e empreendimentos eólicos na Paraíba.
Também presente no evento, o presidente da Eletrobras Wilson Ferreira Jr. afirmou que tem a “honra” de chamar a Spic de parceira. “O mundo anseia por inovação e cooperação diariamente, temos acompanhado os avanços na busca da vacina da Covid-19… por isso é oportuno que estejamos reunidos para celebrar as duas coisas, a cooperação e a inovação”, disse ele
O memorando de entendimento corresponde ao “estreitamento dos laços” entre as companhias e o Brasil e a Chinam acrescentou Ferreira Jr.
Projetos no Brasil
A presidente da Spic voltou a dizer que a energia hidrelétrica “é um dos pilares de crescimento no Brasil”, principalmente após a experiência com a usina de São Simão, e garantiu que a empresa está monitorando oportunidades no segmento “em voo solo” e com parceria.
“Temos alguns pilares de crescimento, um deles é o hidrelétrico, tanto operacional quanto ‘greenfield’ (projetos novos), disse ela.
Waltrick afirmou ainda que o segundo pilar de crescimento envolve renováveis de menor porte, como energia eólica e solar, e de geração híbrida, tão logo a regulação desta última for estabelecida.
“E gente sempre tem olhar sobre a segurança energética, e aí encontramos projetos térmicos a gás natural, especialmente o gás no pré-sal, é a nossa última parceria firmada…”, disse ela, em referência à aquisição de fatia em complexo no porto de Açu, no Rio de Janeiro.

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