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Eletrobras (ELET6) poderá dobrar de valor se for privatizada, dizem especialistas
Os papéis PN da Eletrobras operavam a R$ 35 nesta quarta-feira (24), em alta de cerca de 9% por volta das 11h45
A Eletrobras (ELET6) poderá dobrar de valor caso privatização da companhia seja efetivada. A empresa valia até pouco tempo cerca de R$ 50 bilhões.
A afirmação é de analistas consultados pela reportagem. Isso porque o presidente Jair Bolsonaro entregou na noite de terça-feira (23) aos presidentes da Câmara e do Senado uma medida provisória sobre a desestatização, que ocorreria por meio de uma emissão de novas ações que diluiria a fatia do governo na elétrica.
Eletrobras: analistas
Para a equipe do BTG Pactual (BPAC11), há um significativo valor adicional a ser destravado se a privatização tiver sucesso. “Nesse caso, nosso preço-alvo para ELET6 (ELET6) salta para R$ 75 por ação.
De acordo com o painel da B3, os papéis PN da Eletrobras operavam a R$ 35 nesta quarta-feira (24), em alta de cerca de 9% por volta das 11h45, após subirem mais de 10% na véspera.
Para analistas do Goldman Sachs, o cenário base para análise pós-capitalização (desestatização) sugere um valor hipotético no intervalo entre R$ 58,3 e R$ 91,3 por ação para ELET3 (ações ordinárias) e R$ 63,8 até R$ 100,2 por ação para ELET6.
Ainda segundo a B3, os papéis ordinários da Eletrobras subiam 6% nesta quarta-feira, a R$ 34,63.
Eletrobras: relatório
Em relatório, o Goldman Sachs observou potenciais desafios para a aprovação da proposta, especialmente uma vez que a companhia ainda não tem um novo CEO indicado, já que o atual presidente Wilson Ferreira Jr. Anunciou sua saída.
Ferreira assumirá o comando da BR Distribuidora (BRDT3), em decisão tomada, segundo ele, após ver “perda de tração” na privatização da elétrica.
Para o Credit Suisse, a decisão do governo de avançar com a privatização “é certamente positiva para a Eletrobras”, mas. “ainda precisamos de apoio político para que a proposta seja aprovada”.
O projeto
O projeto de lei sobre a desestatização enviado ao Congresso pelo governo Bolsonaro no final de 2019 não andou, e sequer teve relator indicado.
A MP segue bases semelhantes previstas anteriormente no projeto de lei, com mudanças pontuais que aumentam contrapartidas exigidas da empresa após a operação.
A medida provisória precisa ser votada em 60 dias, prorrogáveis por mais 60, para se tornar lei. Enquanto isso, no entanto, seus dispositivos já vigoram, o que permitirá ao governo contratar o BNDES serviços técnicos relacionados à privatização.
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