Economia
Alerta! Golpes do crédito consignado aumentaram na pandemia; Saiba o que fazer
Com o isolamento social, a ida ao banco se tornou menos frequente, possibilitando o contato de pessoas mal intencionadas pelo telefone.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o volume de reclamações envolvendo a oferta de crédito consignado aumentou 683% no decorrer do ano passado. Dos 88 mil registros relacionados à modalidade, 71 mil são de assalariados, aposentados e pensionistas que realizaram empréstimo com desconto em folha. Já os outros 17 mil vêm de reclamações de servidores públicos.
O número expressivo de protestos tem a ver com a expansão de golpes envolvendo a modalidade de crédito consignado. Na pandemia, que exige maior isolamento social, as pessoas não vão aos bancos, mas isso não impede que pessoas mal intencionadas entrem em contato.
No novo golpe do consignado, o suposto “corretor” aborda a vítima pelo telefone e fecha um contrato sem a pessoa saber que está comprometendo até sete anos do rendimento em folha. Ao responder com um simples “sim” a um pedido de confirmação do nome completo, a pessoa contrata sem saber um empréstimo consignado.
Foi o que aconteceu com a educadora Elizabeth Lino, que só percebeu a contratação do crédito consignado indevida quando foi consultar o extrato bancário. “Quando fui receber a aposentadoria, percebi um valor a mais e questionei o gerente”, explica. Ao informar o banco do valor a mais, a segurada descobriu que se tratava de um empréstimo consignado.
O problema levanta questionamentos importantes relacionados à privacidade dos dados pessoais, pois escancara a falta de segurança das informações do cidadão, que acabam indevidamente na mão de terceiros. Um exemplo disso foi o megavazamento de dados no começo do ano, que expos o CPF, nome, sexo e data de nascimento de 223 milhões de brasileiros.
De acordo com o Procon, ao perceber o dinheiro indevido na conta, o usuário deve contatar o banco e, em seguida, a polícia. Além disso, de acordo com o Procon, empresas podem ser identificadas por meio do extrato fornecido pelo INSS.
Se não houve a assinatura de nenhum documento, o cliente pode acionar o bloqueio e cancelamento imediato do acordo. “É possível, também, registrar uma reclamação contra a atuação da instituição financeira no Banco Central Reclamação contra bancos e outras instituições financeiras (site bcb.gov.br)”, declara o Banco Central.
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