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Conheça os possíveis impactos geopolíticos da situação no Afeganistão

Efeitos da saída das forças dos EUA e tomada de controle pelo Talibã devem ser sentidos a longo prazo, avaliam estrategistas.

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Afeganistão - Talibã

A saída das forças dos Estados Unidos e a volta do Talibã ao controle do Afeganistão criou uma inquietação que entra para a lista de situações globais na mira dos investidores. Entretanto, as análises de estrategistas apontam para problemas a longo prazo, com as chances do país voltar a se tornar alvo constante de ataques terroristas internacionais.

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O movimento também criou uma pressão sobre presidente norteamericano Joe Biden, que havia falado há cerca de um mês que a probalidade de o Talibã assumir o controle do país eram pequenas. No Congresso dos EUA, Biden já encontra dificuldades para aprovar sua agenda econômica.

De acordo com Louis-Vincent Gave, diretor-presidente da Gavekal Capital, a situação no Afeganistão levanta questões sobre o papel mundial dos EUA. Em relatório, Gave afirma que podem haver implicações mais amplas se esse for como o “momento Suez” de 1956, crise que marcou o rompimento do Reino Unido como potência global.

Mas a queda de Cabul também poderia representar um período de perdas para o dólar e para o mercado de Treasuries, afetando na esteira países que se beneficiam do “guarda-chuva de segurança dos EUA”.

Na outra ponta, o momento poderia favorecer a China, elevando o renminbi e o mercado de títulos em renminbi.

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A turbulência anda levaria a uma fase altista para mercado de títulos da Rússia e para o petróleo, em razão do aumento das chances de tensões no Oriente Médio. O analista ainda vê uma tendência de alta para o ouro, ativo popular em “tempos de conflito geoestratégico”.

Terrorismo

Uma das grandes preocupações diz respeito ao terrorismo, já que as ligações do Afeganistão com mercados mais amplos são mínimas, afirmou Ilya Spivak, chefe para Grande Ásia do DailyFX.

“Começaria a ter impacto se a área se tornar um palco para o terrorismo novamente”, avaliou.

Para Jeffrey Halley, analista de mercado sênior da Oanda Asia Pacific, a presença limitada de transnacionais no país restringe os efeitos mais amplo nos mercados. “Infelizmente, o maior produto de exportação do Afeganistão será a fuga de pessoas”.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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