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Com exterior estável, Ibovespa foca na ‘sinergia’ entre poderes

Investidor confere efeito de avanço institucional na agenda econômica

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Crédito: G1

Melhor que a miragem, só a realidade. A semana começa com o investidor conferindo, passo a passo, os rumos da política nacional, cuja única saída, mesmo em tempo pré-eleitoral, é o entendimento e o acordo, voltado à retomada da agenda econômica no Congresso Nacional, de um novo canal de comunicação (não fake) entre poderes, carreando efeito positivo aos indicadores e construindo um ambiente econômico saudável a novos investimentos, quando o país mais precisa.

Incerteza continua – É nesse clima de incerteza, quanto à próxima jogada no tabuleiro de Brasília, que o mercado confere, a partir desta segunda (13), a veracidade do recuo estratégico do mandatário, na semana anterior, que pareceu querer encontrar um caminho de entendimento com os demais poderes, turbinando as cotações. Só que agora falta pagar a fatura da promessa, a ver pelas declarações e, sobretudo, atitudes seguintes, das autoridades.

Foco no Focus – Na economia real, persiste a expectativa quanto ao avanço da reforma do Imposto de Renda (IR) na Câmara dos Deputados, assim como no que toca à PEC dos Precatórios, reforma administrativa, cujo atraso, na prática, só levou à percepção de risco de investir aqui. Logo cedo, o Banco Central (BC) solta o Boletim Focus, pelo qual as 100 principais instituições financeiras do país apontam a tendência para o PIB, Selic e inflação, no futuro imediato. Além do boletim, também influem nas cotações novos dados sobre a evolução da balança comercial, divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

‘Bomba judiciária’ – No que toca à chamada ‘bomba judiciária’, cunhada por ele mesmo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve conversar com interlocutores no Supremo e no Legislativo, a respeito do impacto desses títulos no Orçamento federal para 2022. Para Guedes, o importante para o governo é ter “previsibilidade e capacidade de execução orçamentária”, que estaria condicionada à uma ‘saída’ que alivie o peso de R$ 89,1 bilhões em precatórios, que podem ‘furar’ a regra de ouro, imposta pelo teto de gastos. Sem esquecer que a mira política é aliviar o erário, mas para outro custo, o eleitoral, mediante o eternamente emergencial Bolsa Família, agora rebatizada de Auxílio Brasil.

Crise hídrica – Sobre o avanço rápido da inflação, medida pelo IPCA, que projetou alta de 5,9% este ano – que pode ir a 7,58%, segundo o próprio Focus – o ministro disse acreditar que a carestia deverá desacelerar, chegando ao final do ano entre 7,5% e 8%. O que o comandante da economia deixou de comentar é o efeito da crise hídrica – a mais grave das últimas décadas – que vem pressionando fortemente os preços, a despeito da informação mais recente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que previu ligeira elevação (0,4%) da projeção de chuvas neste mês, na principal área de geração hidrelétrica do país (Sudeste/Centro-Oeste), em contraste com a previsão anterior, de um recuo de 0,2%.

Melhor prevenir – Prevenindo-se ao agravamento da crise, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em caráter emergencial, uma resolução que prevê a suspensão temporária de pagamentos de empréstimos, que tenham sido contraídos por geradores de energia hidrelétrica acima de 50 MW.

Futuros sobem – Enquanto isso, no campo externo, pelo menos por enquanto, os juros futuros americanos operavam em alta, apesar de terem amargado queda na última sessão de sexta-feira (10), encerrando uma semana de perdas para os principais índices, em que o Dow Jones caiu 2,15%; o S&P recuou 1,69% – pior performance semanal, desde junho – e o Nasdaq encolheu 1,61%.

Bolsas pressionadas – Ainda sobre a maior economia do planeta, vale a constatação de que as bolsas americanas seguem pressionadas, desde que os números de emprego, apresentados pelo Departamento de Emprego dos Estados Unidos, em 3 de setembro último, ficaram aquém das expectativas, reforçando o temor de que o avanço da pandemia no país ianque poderia comprometer o crescimento econômico, seguido de alta inflacionária, levando o Federal Reserve (Fed) a alterar a política atual, de injeção de liquidez na economia.

Desempenho misto – Na Ásia, as bolsas fecharam a segunda com desempenhos mistos, com destaque para o desempenho negativo do índice Hang Seng (Hong Kong), que teve baixa de 1,5%, ao passo que o Shanghai (China) avançou 0,33%; o Nikkei (Japão) subiu 0,22%, enquanto o sul-coreano Kospi; exibiu alta, fechando a 3.127,86 pontos.

Stoxx avança – Já o índice Stoxx 600 – composto pelas ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus – agora de manhã, sobe 0,5%, impulsionado pelo desempenho favorável dos papéis dos setores de petróleo e gás, embora negativo do setor de varejo.

 Principais indicadores

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,57%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,53%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,46%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,56%
*Dax (Alemanha), +0,85%
*CAC 40 (França), +0,74%
*FTSE MIB (Itália), +0,82%

Ásia

*Nikkei (Japão), +0,22% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,33% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -1,5% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,07% (fechado)

*Petróleo WTI, +1,46%, a US$ 70,74 o barril
*Petróleo Brent, +1,29%, a US$ 73,86 o barril
*Bitcoin, -2,76% a US$ 44.653,53
*Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian registram queda de 3,49%, cotados a 706 iuanes, equivalente hoje a US$ 109,37 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,46

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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