Economia

‘Blá blá blá, fake news’, diz Guedes sobre PIB do Brasil não crescer em 2022

Ministro acredita que mercado vai se “acalmar” após aprovação da PEC dos precatórios e da reforma do IR. Consultorias preveem o contrário.

Publicado

29/09/2021 às 20:53

Por

Redação Capitalist

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta terça-feira, 28, que as notícias de que o Brasil não vai crescer em 2022 não passam de “blá blá blá, é fake news”. Do outro lado da moeda, bancos e consultorias têm revisado suas projeções e já preveem um crescimento abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Guedes citou que o governo atual vem sofrendo uma sequência de choques desde o seu início de mandato, como a crise na Argentina, o acidente em Brumadinho (MG) e a pandemia da Covid-19. Apesar disso, o ministro avalia que a economia vai crescer no decorrer do próximo ano.

“Depois da pandemia, ainda vem a pior crise hídrica (em mais de 90 anos), é duro”, afirmou, e acrescentando: “Essa ideia de que o Brasil não vai crescer (no ano que vem) é política, é blá blá blá, é fake news.”

Aprovação da PEC

Outros pontos levantados pelo chefe da Economia tratam da aprovação da PEC que autoriza o parcelamento dos precatórios e da reforma do Imposto de Renda (IR), que atualmente passa por dificuldade de aprovação no Senado Federal.

De acordo com Guedes, o mercado vai se “acalmar” com a aprovação destas duas medidas. Isso porque existe um temor de falta de compromisso fiscal, que fez com a Bolsa caísse mais de 3% e o dólar superasse R$ 5,40 na última terça-feira.

“Nós precisamos de aprovação dupla. Se aprovarmos isso, os mercados se acalmam, a Bolsa volta a subir. Temos que aprovar a PEC dos Precatórios e o Imposto de Renda”, afirmou o ministro em evento realizado por dirigentes lojistas.

Guedes também falou sobre como as eleições podem impactar o cenário econômico a partir do ano que vem:

“São pequenas coisas que precisamos fazer, mas são urgentes. O medo do mercado é que haja uma falta de compromisso fiscal. O medo do mercado é que as eleições vêm aí, e as pessoas ficam alucinadas em vésperas de eleição. Todo mundo fica nervoso, quer ganhar voto, gastar dinheiro. Isso pode ser o caminho de uma derrota eleitoral”, concluiu.