Mercados encerram trimestre no vermelho em meio a incertezas

Os mercados encerraram o trimestre no vermelho em meio a um cenário incerto, segundo a Guide Investimentos.

De acordo com a gestora, o S&P 500 voltou a cair nesta quinta-feira, com investidores americanos ainda receosos a respeito do cenário, mesmo com alívio no campo fiscal.

Também disse que, nesta fronte, houve notícias positivas hoje, com uma trégua entre republicanos e democratas aprovando no Senado o projeto de financiamento que permitirá que o governo mantenha seu funcionamento pleno até dezembro, vigorando a partir de outubro, quando o ano fiscal do país se inicia.

E acrescentou que, paralelamente, na agenda, saíram dados referentes aos pedidos de auxílio desemprego, com 11 mil pedidos a mais ante o último resultado.

“A piora no desemprego gera preocupações de que a economia norte-americana possa começar a desacelerar antes mesmo de uma eminente redução dos estímulos monetários do Fed”, destacou.

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Mercados

Ainda de acordo com a gestora, no campo das commodities, o petróleo fechou em alta junto com o minério de ferro em Qingdao.

O fechamento positivo para o minério vem em decorrência da expectativa de que os dados negativos para a indústria chinesa divulgados ontem pela agência de estatísticas do país possam pressionar as autoridades a diminuir a agressividade das regulações sobre o setor, bem como manter um grau elevado de estímulos para a economia.

Por fim, o DXY e os yields dos treasuries fecharam perto da estabilidade, com os investidores de olho no PCE americano e CPI europeu que serão divulgados amanhã.

China

Em relação à China, a Guide elencou que na noite de ontem os dados do PMI – índice de gerentes de compras – referentes à indústria e o setor de serviços, trouxeram sinalizações mistas.

“Se, por um lado o setor de serviços reverteu a queda que se verificou anteriormente, passando para o campo expansionista (para o PMI, um resultado acima de 50 pontos é expansionista, e vice-versa) alcançando os 53,2 pontos neste mês, o setor industrial manteve a tendência de queda e passou para o território contracionista, com 49,6 pontos”, ressaltou.

E disse mais: “a piora da confiança na indústria está diretamente ligado às crises da Evergrande e energéticas, que devem continuar trazendo volatilidade aos preços e ameaçando o desempenho do setor. Por outro lado, a recuperação do setor de serviços reflete a reabertura da economia em setembro, seguindo a imposição de novos medidas de distanciamento em agosto.”