Empresas
MPMG ajuíza ação contra Vale, Samarco e BHP cobrando R$2,5bi por Fundão
Caso Mariana
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou ação contra a Samarco Mineração, a Vale e a BHP Billiton Brasil cobrando R$ 2.540.770.051,25 bilhões pelo rompimento da barragem de Fundão.
Trata-se reparação aos atingidos em Mariana, em caso ocorrido em 5 de novembro de 2015. O processo deve beneficiar 1.300 famílias.
No dia 2 de outubro de 2018, na Ação Civil Pública 0400.15.004335-6, perante a 2ª Vara da Comarca de Mariana, o MPMG, com a colaboração das comissões de atingidos de Mariana, formulou um acordo com as empresas para pagamento das indenizações aos atingidos.
Conforme o MPMG, ficou estabelecido que as empresas fariam a reparação integral, assumiriam o ônus da prova e, após a conclusão dos cadastros dos atingidos, fariam os pagamentos, apresentando as propostas em até 90 dias.
Vale, Samarco e BHP
Entretanto, elencou o MPMG, quase três anos depois da homologação do acordo, “constata-se que a obrigação não foi integralmente cumprida e sequer está próxima de sê-lo, razão pela qual se propõe este requerimento de liquidação/cumprimento de sentença”.
Nem 30% dos atingidos foram indenizados. “As rés vêm resistindo de forma continuada ao adimplemento adequado das obrigações impostas”, alegam os promotores.
O MPMG, por meio da Promotoria de Justiça de Mariana e apoio do Centro de Apoio Operacional Cível (CAO-Cível), solicita, na primeira fase, que o valor seja depositado em Juízo, em favor das vítimas cadastradas, que poderão levantar a parcela individualizada após comprovação da condição de vítima e da extensão do dano.
2ª Fase
Na segunda fase, será feito o pagamento do valor individual a cada vítima, retirado do montante global. A Promotoria solicita ainda que seja arbitrada multa de no mínimo 10% da dívida pelo atraso no pagamento das indenizações. A lista dos atingidos será mantida em segredo de Justiça.
O rompimento da barragem de Fundão, com capacidade para 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos e pertencente ao complexo minerário de Germano, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, matou 19 pessoas, arruinou mais de 300 edificações, arrastou automóveis/maquinários/semoventes, destruiu plantações e comunidades inteiras, especialmente em Bento Rodrigues, Paracatu de Cima, Paracatu de Baixo, Ponte do Gama, Pedras, Borba, Camargos e Campinas. Toda a Bacia do Rio Doce foi afetada e os rejeitos de minério de ferro alcançaram o mar, em Regência, Município de Linhares/ES.
A Vale está listada na bolsa brasileira (B3) sob o ticker VALE3.
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