Economia
Paralisação dos tanqueiros segue e gera filas em postos de combustível nesta sexta
Movimento que teve início na quinta-feira, 21, segue para mais um dia e já afeta pelo menos cinco estados.
A paralisação dos tanqueiros iniciada à meia-noite de ontem, 21, continua nesta sexta-feira. Os caminhoneiros que realizam o transporte de combustíveis protestam contra o aumento dos preços do diesel e prometem uma greve geral a partir do dia 1º de novembro.
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O movimento começou quando o grupo fechou a entrada de distribuidoras localizadas em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Militar informou em nota que está escoltando carretas de combustíveis para evitar o desabastecimento.
Segundo um tanqueiro que não quis se identificar, alguns condutores e donos de postos estão transportando combustíveis das distribuidoras com o acompanhamento da polícia e de segurança privada, mas o número é pequeno.
Com a notícia da paralisação, a correria dos motoristas para encher o tanque começou na capital mineira. Em uma das principais vias de ligação do vetor Norte ao Centro da cidade, a Avenida Cristiano Machado, já era possível ver filas.
O portal Estado de Minas apurou que desde as 15h de ontem faltava gasolina e etanol em postos do Bairro Santa Efigênia. Já no Bairro de Lourdes, não havia mais gasolina comum para vender. Outros cinco estados além de Minas Gerais também foram afetados pelo movimento.
Auxílio diesel
Para tentar evitar a greve e suas consequências para a economia do país, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação de um benefício no valor de R$ 400 para os caminhoneiros. O “auxílio diesel” visa reduzir os prejuízos das altas consecutivas nos preços do combustível.
“Nós vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. Fazemos isso porque é através deles que as mercadorias, os alimentos chegam aos quatro cantos do país”, disse Bolsonaro.
Mas muitos representantes do setor consideram a medida insuficiente. “A categoria está, em massa, repudiando essa fala dele. A gente não quer migalhas e não está mendigando nada”, afirmou José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB).
“Nós não aguentamos mais as altas (nos preços) dos combustíveis. O óleo diesel representa hoje quase 70% do valor do frete. As transportadoras estão quebrando, transportadoras que são históricas no estado não aguentam mais trabalhar. Pedimos a sensibilidade do governo, mas o governo não está se importando com essa categoria, que hoje carrega mais de um terço da economia do estado”, disse o presidente do sindicato dos transportadores (Sindtanque), Irani Gomes.
Além da redução nos preços dos combustíveis, os tanqueiros também reivindicam outras demandas como a constitucionalidade do piso do frete e a revisão da política de preços da Petrobras.
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