Economia
Selic em alta: ainda é vantagem financiar um imóvel?
De acordo com especialistas, mesmo com a alta na Selic, ainda é vantagem contratar um financiamento imobiliário. A partir do ano que vem, a previsão é de que a oferta de crédito fique mais restrita.
A taxa básica de juros (Selic) teve alta e chegou na casa dos 7,75%, sendo o maior patamar desde 2017. Além disso, pode subir mais até dezembro deste ano, com previsão de 9,25%. Com o aumento, será que ainda é vantagem financiar um imóvel?
Leia mais: Com a Selic a 7,75%, quanto rendem R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 15 mil?
De acordo com especialistas, sim. Isso porque a partir do ano que vem, a previsão é de que a oferta de crédito imobiliário fique mais restrita. Só de março para cá, a Selic saiu de 2% ao valor atual, de 7,75%. A decisão do Banco Central é uma tentativa de conter a inflação.
Apesar disso, mesmo com os aumentos da Selic, os preços dos imóveis continuam atrativos neste ano. Com o aumento da taxa básica de juros, as taxas de crédito imobiliário também aumentam. Mesmo assim, de janeiro a setembro houve um crescimento de 96,3% no número de financiamentos. Ou seja, mais de R$ 154,7 bilhões.
Os dados são da Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O uso do FGTS como entrada nos financiamentos é uma saída, por isso, a procura ainda é alta.
Investimentos com a alta da Selic
Entre as opções de rendimentos, os títulos ligados à inflação são os mais atrativos com a alta da Selic. Ainda assim, que ainda pensa em contratar um financiamento imobiliário, 2021 ainda é uma boa opção. Isso porque, no ano que vem, com os bancos reajustando a projeção da inflação, o crédito deve ficar mais restrito.
Já para as famílias de baixa renda, a boa notícia é que o programa Casa Amarela, da Caixa Econômica Federal, está com redução na taxa de juros, de 0,25% e 0,50%.
Ou seja, para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil, fica em 4,75% ao ano no Norte e Nordeste brasileiros, e de 5% ao ano nas outras regiões do país. Já para as famílias com renda mensal de até R$ 7 mil, a nova taxa de juros fica em 7,66% – uma redução de 0,50%.
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