Ações, Units e ETF's
Inflação; precatórios e sucessão no Fed pautam Ibovespa de segunda
Aumento de preços, aqui e no exterior; futuro fiscal no Congresso e ritmo de tapering ditam cotações
Com as projeções do IPCA para este ano cravando uma inflação de dois dígitos (10,12%) – a 33ª alta seguida –; o PIB ‘derretendo’ a 4,80%; Selic (taxa básica de juros) – hoje 7,75% ao ano – agora projetada a 9,25%; câmbio a R$ 5,50 e dívida pública que beira os 60% do PIB.
Cenário desafiador – É diante desse cenário macroeconômico desafiador, apontado nessa segunda (22) pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC) que o investidor inicia a semana, sempre atento às manobras palacianas para emplacar o artifício orçamentário chamado PEC dos precatórios, agora ‘fatiado’, ao que parece, para facilitar sua ‘assimilação’ pelos senadores, antes de chegar ao ‘forno’ do Plenário do Senado.
‘Pizza legislativa’ – Na verdade, o verdadeiro objetivo da ‘pizza legislativa’ da hora montada pelo Executivo é emplacar a ‘boia eleitoral’ (Auxílio ‘pleito’ Brasil), concebido para garantir R$ 400 por mês às 17 milhões de famílias vulnerabilizadas pela crise econômica e potenciais eleitoras do mandatário da hora, em 2022.
Benefício eleitoral – Dando continuidade às ‘tratativas’, a questão volta a ser discutida, às 15h pelos senadores, ainda em busca de consenso, como quer o Planalto, a fim de viabilizar o benefício, ainda este ano, em paralelo ao pagamento dos precatórios, sem necessidade de alteração da regra de ouro do teto de gastos. Quem viver, verá.
Arrecadação federal – Na agenda, além da repercussão dos números adversos do Focus, o mercado acompanha a divulgação dos dados da arrecadação federal em outubro, pela Receita Federal, seguida do índice de confiança do consumidor, pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV).
Inflação avança – Mas o que inquieta mais o investidor tupiniquim, no momento, é a escalada da inflação, conforme admitiu, já na semana passada, o ‘xerife da moeda’ sexta passada (19), presidente do BC, Roberto Campos Neto, face às projeções de médio prazo de analistas, de um IPCA cada vez mais distante do teto da meta oficial em 2022 (avanço de 4,79% para 4,96%), ao mesmo tempo em que a estimativa é de uma Selic ‘muito próxima’ de 12% ao ano, ou maior.
Mercado esvaziado – Numa segunda-feira (22) marcada pela ascensão dos contratos futuros de ações ianques e as bolsas europeias se recuperam das perdas da sexta última, o mercado internacional abre os trabalhos, parcialmente esvaziado pelo tradicional feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, mas com várias interrogações.
Ritmo do tapering – A primeira delas, é o impacto global decorrente do ritmo do tapering (redução da compra de títulos federais, que injeta US$ 120 bilhões por mês na economia ianque) que será adotado pelo próximo presidente do Federal Reserve (Fed). Nesse sentido, as apostas se concentram na ‘recondução’ do titular, Jerome Powell ou sobre a atual governadora do Fed, Lael Brainard, mais conhecida pelo seu perfil mais ameno, no trato da política monetária.
Reservas ianques – Outra preocupação do investidor é com relação aos reflexos do anúncio do presidente estadunidense, Joe Biden, de que pretende usar suas reservas estratégicas de petróleo, a título de conter a espiral inflacionária local. Tal posição ficará mais nítida amanhã (23), quando Biden profere discurso sobre ‘economia e preços’.
Ásia mista – Na Ásia, em que as bolsas fecharam com resultados mistos, as atenções se voltam para a flexibilidade da política monetária, anunciada pelo Banco Central chinês (PBoC), de que deverá manter a taxa primária de juros com vencimento em um ano em 3,85%, e a com vencimento em cinco anos em 4,65%. Em menor proporção, destaque para os desdobramentos da ‘interminável’ crise imobiliária chinesa, vide dívida astronômica (US$ 300 bilhões) da pré-falida Evergrande, segunda maior incorporadora do país.
Lockdown europeu – Na Europa, o foco é o avanço da pandemia na Alemanha, a ponto de o governo teutônico anunciar a disposição de adotar medidas de lockdown até entre vacinados, seguindo o exemplo da vizinha Áustria, às voltas com um forte surto de covid-19. Refletindo esse novo estresse, o índice Stoxx 600 avançava 0,3%, com destaque positivo para o setor de telecomunicações.
Principais indicadores
Estados Unidos (mercado futuro)
Dow Jones Futuro (EUA): +0,39%
S&P 500 Futuro (EUA): +0,37%
Nasdaq Futuro (EUA): +0,40%
Ásia
Nikkei (Japão): +0,09% (fechado)
Shanghai SE (China): +0,61% (fechado)
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,39% (fechado)
Kospi (Coreia do Sul): +1,42% (fechado)
Europa
FTSE 100 (Reino Unido): +0,29%
Dax (Alemanha): +0,02%
CAC 40 (França): +0,12%
FTSE MIB (Itália), -0,16%
Commodities
Petróleo WTI: +0,33%, a US$ 76,16 o barril
Petróleo Brent: +0,24%, a US$ 79,08 o barril
Minério de ferro: +18%, a 558 iuanes, a US$ 87,46 (Bolsa de Dalian)
Criptomoedas
Bitcoin: -2,34% a US$ 57.651,90 (em relação à cotação de 24 horas atrás).
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