Ações, Units e ETF's
Exterior ‘azul’; ingresso forte de capital externo e indústria em alta pautam Ibovespa de quarta
Bolsas mundiais avançam, com sinal ‘ameno’ do Fed; investidor externo mira Brasil, e cresce produção industrial
Um mundo todo azul. Pelo menos é esse, até agora, o cenário dominante entre os mercados mundiais, que precificam o tom mais ameno adotado, nas últimas horas, por autoridades do Federal Reserve (Fed) – bc estadunidense – no sentido de evitar que a elevação dos juros (sete, pelo mercado) ao longo deste ano não ‘comprometa’ o crescimento de Tio Sam, ou seja, do resto do planeta.
Elevação máxima – A expectativa, desse modo, seria de uma elevação de, no máximo, meio ponto percentual sobre a taxa atual, de 25 pontos base, em março próximo: a primeira de mais seis altas previstas, de 0,25 ponto percentual cada, até o final deste ano, o que pode trazer volatilidade aos mercados no período. Reflexo disso, os índices futuros ianques operavam todos no positivo (Dow Jones, +0,15%; S&P 500, +0,82%; Nasdaq, +1,57%).
‘Preços baixos’ – Acossados pelos juros crescentes dos EUA, o investidor ianque pretende aproveitar a temporada de ‘preços baixos’ das ações brasileiras (até mesmo, perante seus pares emergentes), mas por tempo determinado, sempre. De qualquer forma, a iniciativa merece destaque, haja vista o quadro turbulento tupiniquim, com direito à corrida presidencial polarizada; Selic nas alturas (10,75% ao ano, a confirmar) e desajuste fiscal.
Valor descontado – Em contraponto, analistas apontam fatores ‘atrativos’, como o valor ‘descontado’ das ações nacionais, (até mesmo, ante seus pares emergentes); a tradicional ‘liquidez’ que caracteriza este mercado, no início do ano, sem contar a identificação de empresas de valor, com grande potencial de crescimento.
‘Inversão de mão’ – É quase como uma inversão de mão para o investidor internacional que, no momento, encara o mercado dos EUA com ‘aversão ao risco’ (vide escalada do Fed), enquanto enxerga o similar brazuca como a maneira mais rápida de remunerar seu capital. Em números, a bolsa brasileira está francamente atrativa, a julgar pelo recuo de 8,25% do Ibovespa no ano passado, bem abaixo do IPyC, índice mexicano (-3,98%) e mais ainda que o S&P 500 e o Dow Jones (-1,11% e 2,04%, respectivamente).
Melhor que a China, né? Sobre tal movimento relativamente recente, o estrategista de ações (com foco em Pessoa Física) do Itaú BBA, Victor Natal, comenta que, “se acreditarmos que o preço da Bolsa hoje tende a se aproximar da média, podemos dizer que há mais a ganhar estando investido no Brasil do que estando investido na China, por exemplo”.
Percepção positiva – Fora a percepção dominante no mercado quanto à eficácia de juros elevados para alinhar a inflação e turbinar o crescimento sustentável da maior economia mundial, a sessão de ontem (1º.2) foi igualmente positiva para as ações de tecnologia, como os da Alphabet (controladora do Google) que valorizaram 9% no after-market, depois que a companhia reportou receita e lucro acima do esperado, na divulgação de seus resultados trimestrais.
Divisão esperta – Aproveitando o ensejo, a Alphabet anunciou que pretende dividir cada ação em 20 – os acionistas ganham outras 19 (split, no jargão econômico). Como a sorte não é para todos, os papéis do PayPal amargaram perdas de 18% no pós-market, após a divulgação de projeções (guidance, no termo em inglês) aquém da expectativa do investidor. Na pesquisa junto às empresas que compõem o S&P 500, 78% apresentaram resultados acima das estimativas do mercado.
Temporada ianque – Na temporada do dia, enquanto Meta Platforms (dono de Facebook, Instagram e WhatsApp), Qualcomm, AbbVie, D.R. Horton e T-Mobile apresentam seus resultados, a ADP divulga a prévia do relatório de empregos (payroll), outro indicativo relevante do vigor econômico ianque. No Brasil, a divulgação de resultados cabe ao Santander Brasil (SANB11); Indústrias Romi (ROMI3) e depois do fechamento, por parte da Cielo (CIEL3).
Ásia de férias – Se no Oriente, as bolsas asiáticas se mantêm em reverência ao feriado do Ano Novo Lunar, na Europa, os índices locais avançam, vigorosos, o Stoxx 600 continental progredia na faixa superior a 0,6%, com destaque positivo para o setor de tecnologia, mas negativo para o de petróleo e gás, por conta da persistente tensão de fronteira, envolvendo duas superpotências militares, os EUA e a Rússia, num pedaço do mundo, rico em petróleo, numa reedição de guerra fria, só que bem explosiva.
Selic a 10,75% a.a. – No front interno, além da crescente expectativa do investidor quanto à confirmação, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) – após o fechamento do mercado – da nova taxa básica de juros (Selic) a 10,75% ao ano (a.a.), o destaque do dia fica para o avanço de 2,9% da produção industrial em dezembro último, ante o mês anterior, na série de ajuste sazonal, divulgada, há pouco, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que supera projeções anteriores, que davam conta de uma expansão de até 2,2%. Em 2021, o crescimento industrial brasileiro atingiu 3,9%, ao passo que, em dezembro de 2021, o índice de Média Móvel Trimestral da indústria subiu 0,8%.
Fluxo cambial – À tarde, enquanto o Banco Central (BC) divulga números do fluxo cambial semanal, o Congresso Nacional retoma os trabalhos, com sessão de abertura do ano legislativo, feliz ano novo para eles.
Mais 400 mil barris/dia – No terreno das commodities, a agenda externa indica a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), a fim de definir qual será o volume de produção de petróleo em março próximo, que deve aumentar em 400 mil barris/dia, segundo previsão de analistas.
Ultimato do czar – Movidos pela tensão geopolítica no Leste Europeu, os preços do petróleo sobem 0,32% a US$ 88,47 o barril (tipo WTI) e 0,28%, a US$ 89,41 o barril (tipo Brent), sensíveis aos ataques do czar Putin, que ‘exige’ do Ocidente a retirada incondicional de suas tropas da região, assim como que ‘renuncie’ à proposta de aceitar a Ucrânia como membro da aliança militar ocidental. Dentro dessa estratégia, uma eventual invasão russa à Ucrânia não poderia contar com uma resposta aliada, de forma imediata.
Zeragem do IPI – Na treta fiscal eleitoral, continua na pauta do Executivo a discussão de ‘zerar’ a alíquota do IPI incidente sobre os combustíveis, ‘jogando no colo’ dos governadores o ônus tributário de fazer o mesmo com o ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incidem sobre o derivado.
Covid mata 604 – No diário da covid, o vírus chinês matou 604 brasileiros, na média móvel de mortes em sete dias, com alta de 181%, ante patamar anterior de 14 dias, informou o consórcio de veículos de imprensa.
Principais indicadores
Estados Unidos (futuro)
Dow Jones, +0,15%.
S&P 500, +0,82%.
Nasdaq, +1,57%.
Ásia
Shanghai SE (China), não abriu.
Nikkei (Japão), +1,68% (fechado).
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,07% (fechado).
Kospi (Coreia do Sul), não abriu.
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), +0,78%.
DAX (Alemanha), +0,51%.
CAC 40 (França), +0,55%.
FTSE MIB (Itália), +0,94%.
Commodities
Petróleo WTI, +0,32%, a US$ 88,47 o barril.
Petróleo Brent, +0,28%, a US$ 89,41 o barril.
Minério de ferro (Bolsa de Dalian, China – inativa).
Criptomoedas
Bitcoin, -1,39%, a US$ 38.443,17.
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