Facebook e Amazon derretem na bolsa e colocam BDRs em xeque

O Facebook e a Amazon derretem na bolsa e, com isso, colocam os BDRS (Brazilian Depositary Receipts) em xeque.

Isso porque o investidor brasileiro que quer alocar em ações de empresas estrangeiras precisa recorrer aos BDRs e estes recursos se tornaram bastante populares por conta do viés de baixa da bolsa brasileira. É uma forma de diversificar a carteira.

Entretanto, com mas empresas de tecnologia derretendo, o investidor brasileiro é pego no contrapé e muitos, assustados, começam a realizar lucros, ou seja, vender.

Para se ter ideia da bronca, as ações da Meta Platforms, proprietária do Facebook, caíram mais de 20% depois que a companhia divulgou lucro líquido menor que o esperado, de US$ 10,285 bilhões no quarto trimestre de 2021.

O resultado representa um recuo de 8% em comparação a igual período do ano anterior, e foi atribuído ao “aumento da concorrência”. Foi o pior dia para a ação da empresa desde a abertura do capital em 2012. A empresa perdeu quase US$ 200 bilhões (R$ 1 trilhão) em valor de mercado.

O resultado diluído por ação foi de US$ 3,67, aquém da expectativa de US$ 3,85 de analistas consultados pelo FactSet. Às 18h34, a ação da companhia despencava 22,26% no mercado after hours em Nova York.

Facebook e Amazon

Já a Amazon tem visto suas ações performarem muito abaixo da média e, no ano passado, a companhia registrou um dos piores desempenhos desde 2014, quando as ações caíram 22%. O papel da Big Tech tem se estabilizado na casa dos 2,4%, enquanto a média das empresas de tecnologia é pouco acima dos 10%.

Nesta quinta-feira, 3, a irá divulgar os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre e ao consolidado de 2021, e o mercado estima uma desaceleração no crescimento da receita trimestral dos últimos anos, com um aumento de somente 9,7%.

Vale lembrar que em outubro, o CEO da Amazon, Andy Jassy, alertou que a lucratividade do quarto trimestre seria afetada por conta de problemas globais da cadeia de suprimentos, aumento nos custos salariais e de frete e envio.

Outro ponto de atenção mostra que no final do terceiro trimestre a companhia empregava 1,468 milhão de pessoas em todo o mundo. Em comparação com o trimestre anterior, são 133 mil funcionários a menos.

Além disso, o mercado espera que a companhia anuncie aumento na mensalidade do serviço de entrega de produtos. Analistas acreditam que o aumento no preço do combustível e do transporte rodoviário, além da questão dos trabalhadores, deve levar a Amazon a cobrar mais na assinatura, que também inclui o streaming Prime Video.