Economia
Mercado aguarda decisão do BCE e dados de emprego nos EUA
O IGP-M apresentou alta de 4,41% na primeira prévia de setembro, ante avanço de 1,46% no mesmo período de agosto.
O pronunciamento da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, após a decisão sobre as taxas de juros na zona do euro, e o relatório sobre pedidos de seguros-desemprego nos Estados Unidos devem ditar o ritmo dos negócios. Às 9h05, o Ibovespa futuro registrava queda de 0,24%, aos 101.108 pontos . No mesmo instante, em Nova York, o futuro do Dow Jones perdia 0,42%, aos 27.858 pontos.
Por aqui, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou o Índice Geral de Preços-Mercado IGP-M. O indicador apresentou alta de 4,41% na primeira prévia de setembro, ante avanço de 1,46% no mesmo período de agosto. Com esse resultado, a taxa acumulada em 12 meses subiu de 11,61% para 18,01%.
A questão da inflação puxada por alimentos está no centro do debate entre o governo e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O presidente Jair Bolsonaro estuda zerar o imposto de importação de itens da cesta básica para tentar reduzir o preço dos alimentos e evitar a volta da inflação. Um dos principais itens da cesta básica, o arroz, vem apresentando altas exorbitantes. O presidente da Abras, João Sanzovo Neto, por outro lado, informou que a entidade promoverá uma campanha para estimular a troca do arroz pelo macarrão. Segundo ele, não há data para que o preço do produto no varejo seja reduzido.
“A inflação não vai dar moleza e requer atenção. Com o juro baixo mesmo com atividade fraca, a poupança acaba indo para o consumo. Além disso, temos verificado uma forte ata dos alimentos, por exportação. É preciso ficar de olho. O movimento pode mudar e colocar mais um fator de análise no mercado. Aumento de inflação pode levar a aumento de juro, talvez não no curto prazo, mas temos que considerar”, pondera o operador da Atuação Investimentos Nicolas Balafas.
Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,24% em agosto, ante 0,36% em julho. Esse é o maior resultado para um mês de agosto desde 2016, quando o IPCA foi de 0,44%. No ano, o indicador acumula alta de 0,70% e, em 12 meses, de 2,44%.
Para o analista da Corretora Renascença Luiz Monteiro, embora o IPCA tenha ficado dentro do esperado, a inflação é fator de preocupação. “O IPCA veio dentro do esperado, mas preocupa. Temos visto uma forte pressão nos alimentos, é preciso ficar de olho. Além disso, o indicador afastou a possibilidade de o Banco Central promover qualquer ajuste na taxa Selic este ano”, avalia. A semana que vem o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC para decidir o rumo da taxa básica de juros, a expectativa do mercado é de manutenção até o final do ano.
Logo mais, serão divulgados os dados sobre as vendas do comércio em julho.
Daqui a pouco, BCE divulga sua decisão sobre a taxa de juro na zona do euro. O mercado espera que Lagarde siga o mesmo tom do presidente do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) de aceitar mais inflação, com juro muito baixo por um longo tempo.
Nos EUA, serão divulgados os pedidos semanais de auxílio-desemprego, o índice de preços ao produtor norte-americano em agosto, os estoques no atacado em julho e os estoques semanais de petróleo bruto e derivados.

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