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A indústria do turismo de cannabis nos EUA

Atualmente, as viagens em busca de cannabis são ignoradas de forma ampla pelos conselhos de turismo e pela indústria, perdendo milhões de dólares.

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Adrienne, maquiadora nascida e criada nas montanhas do norte da Geórgia, estado onde a maconha ainda é uma substância ilegal, saiu de férias com o marido e sugeriu que fossem ao estado da Califórnia para saber como é comprar maconha legalmente.

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‘’Eu nunca tinha ido a um dispensário antes e queria um profissional que pudesse conversar conosco para que pudéssemos absorver todo o conhecimento”, diz Adrienne sobre a experiência.

Ela e o marido reservaram uma excursão que oferecia tours em locais de venda para os amantes de cannabis, além de outros passeios privados. O casal gastou, aproximadamente, US$ 1.500 em seu tour pela Califórnia, com a excursão de meio período, uma seleção de maconha de qualidade e um quarto de hotel.

Alguns meses depois, o casal reservou outra viagem com mesma empresa, porém, desta vez ela levou alguns amigos que compraram o dia inteiro da excursão para visitar uma fazenda de cannabis ao ar livre na cidade de Mendocino, que fica a três horas ao norte de São Francisco.

Conforme a legalização da maconha é disseminada entre os estados, a planta se torna consideravelmente menos estigmatizada. O que comprova isso são os dados que mostram que mais de dois terços dos adultos americanos (68%) apoiam a utilização por adultos.

Metade da geração millenial (50%) diz que conseguir acessar à cannabis recreativa legal é imprescindível ao escolher um destino para passar as férias. Além disso, quatro entre dez millenials (43%) dizem que optaram por um destino específico, pois naquele lugar a cannabis é legalizada.

Atualmente, as viagens em busca de cannabis são ignoradas de forma ampla pelos conselhos de turismo e pela indústria, perdendo milhões de dólares, segundo o cofundador da Emerald Farm Tours, Victor Pinho.

“Eles são turistas e estão fazendo compras – eles estão aqui para gastar dinheiro na meca da maconha”, diz ele, completando que cada um de seus clientes gasta de US$ 300 (R$ 1.419) a US$ 400 (R$ 1.892) no dispensário durante uma única visita, número que representa aproximadamente três vezes mais do que os locais.

Ainda não sabemos com detalhes qual o tamanho que a indústria da cannabis irá alcançar ou qual o seu impacto econômico no setor turístico dos EUA, que hoje movimenta US$ 1,2 trilhão.

O que saber sobre o turismo de cannabis antes de ir?

• Nos estados dos EUA onde a cannabis recreativa é legal, a idade mínima é de 21 anos;
• Cada estado onde a cannabis é legal tem suas regras próprias, que também podem variar de cidade para cidade. Pesquise as leis locais antes de chegar;
• Dirigir sob o efeito de cannabis pode causar acidentes. Faça um planejamento com antecedência e use táxis ou aplicativos de transporte;
• Muitos hotéis não aceitam que os clientes fumem em suas instalações, ao passo que outros oferecem áreas especiais para isso. Muitas propriedades disponíveis no Airbnb e Bud & Breakfast atualmente permitem fumar;
• Atravessar fronteiras estaduais com cannabis é ilegal;
• A cannabis é ilegal sob a legislação federal dos EUA, por isso que é ilegal transportá-la em um voo comercial. Ainda que a TSA não faça inspeções focadas especificamente em maconha, os policiais são obrigados a alertar a polícia local se descobrirem substâncias durante uma triagem;
• Alguns locais não permitem que cidadãos de fora do estado comprem cannabis, ainda que eles tenham uma licença que seja válida em seu estado de origem.

É importante fazer a verificação das regras de reciprocidade antes de viajar.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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