Saúde
A maldição do QI: pessoas mais inteligentes têm maior risco de doenças mentais?
Pessoas com QI alto estão mais propensas a desenvolver doenças mentais? Veja o que diz este estudo sobre o assunto.
Existe relação entre inteligência e saúde mental? Será que pessoas com QI alto estão mais propensas a desenvolver doenças mentais do que aquelas com QI médio ou baixo? O que diz a ciência?
Inteligência X Doenças mentais
A inteligência é geralmente vista como uma vantagem na vida, pois prevê um nível maior de escolaridade, melhores empregos e uma renda mais alta. No entanto, também existem desvantagens em ser muito inteligente.
Diversos estudos mostram que um QI alto está, sim, associado a um maior risco de doenças mentais e imunológicas, como depressão, ansiedade, TDAH, transtorno bipolar, alergias, asma e distúrbios autoimunes.
Mas por que isso acontece? Quais são os mecanismos que explicam essa relação paradoxal entre inteligência e saúde? Existem várias hipóteses possíveis, que podem ser divididas em três categorias: biológicas, psicológicas e sociais.
Sobre as hipóteses
As hipóteses biológicas sugerem haver uma base genética ou neurobiológica para a associação entre inteligência e doença. Por exemplo: alguns genes que estão envolvidos no desenvolvimento do cérebro e na sinaptogênese podem ter efeitos positivos na inteligência, mas também negativos na regulação imunológica ou emocional.
Outra possibilidade é que o cérebro das pessoas superdotadas seja mais sensível aos estímulos ambientais, o que pode aumentar a criatividade e a curiosidade, mas também a vulnerabilidade ao estresse e à ansiedade.
Segundo a neurocientista e estudiosa do assunto, Dra. Nicole Tetreault, “qualquer pequeno desconforto, como uma etiqueta que ficou na roupa ou um som alto demais, pode desencadear uma resposta de estresse crônico, ativando uma resposta hipercorporal nessas pessoas”.
Já as hipóteses psicológicas propõem a existência de fatores cognitivos ou emocionais que medeiam a relação entre inteligência e doença. Pessoas superdotadas podem ter expectativas mais altas sobre si mesmas e sobre os outros, o que pode gerar frustração, insatisfação e baixa autoestima.
Elas também podem enfrentar maiores dificuldade em lidar com as emoções negativas, pois tendem a racionalizar ou reprimir seus sentimentos. Além disso, podem também estar sempre mais propensas ao perfeccionismo, à autocrítica e à ruminação, que são fatores de risco para a depressão.
As hipóteses sociais sugerem haver aspectos ambientais ou interpessoais que influenciam a relação entre inteligência e doença. Pessoas superdotadas podem se sentir deslocadas ou incompreendidas pela sociedade, o que pode acabar levando-as ao isolamento social, solidão e à falta de apoio.
Além disso, elas podem também enfrentar mais pressão ou discriminação por causa de suas habilidades ou interesses incomuns, ocasionando um nível maior de estresse, ansiedade e baixa autoconfiança.
Em suma, não há uma resposta simples ou única para a questão da relação entre inteligência e saúde mental. Trata-se de um fenômeno complexo e multifatorial, que envolve aspectos biológicos, psicológicos e sociais.
Portanto, é importante não generalizar ou estigmatizar as pessoas com QI alto como sendo mais doentes ou infelizes do que as outras. Cada pessoa é única e tem suas próprias forças e fraquezas, assim como suas próprias necessidades e desafios no dia a dia.

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