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Ações nacionais ‘baratas’; petróleo em alta e greve pautam Ibovespa de sexta

Papéis locais atraem estrangeiros; commodity ‘turbina’ bluechips e paralisação incerta afetam cotações

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Crédito: Suno

Selando uma surpreendente semana com três altas seguidas, a sessão dessa sexta (21) promete ser a quarta positiva do Ibovespa, a princípio ‘descolado’ de Wall Street, sob a influência de dois fatores fundamentais.

O primeiro seria o ‘grande desconto’ apresentado hoje pelos papéis nacionais, agora cobiçados pelos investidores, daqui e de fora; o segundo estaria relacionado com a ascensão das commodities petróleo e minério de ferro, que premiaria as ações das principais bluechips nacionais, Petrobras (PETR3, PETR4) e Vale (VALE3), respectivamente. Ao mesmo tempo, tal cenário igualmente favoreceria papéis de varejo, tecnologia e serviços, seguidos por bancos, siderúrgicas e mineração.

Rendimento ‘estável’ – Ainda refletindo a relativa ‘estabilidade’ do rendimento do Tesouro dos EUA, os índices futuros ianques apresentavam, no início da manhã (21), desempenhos mistos (Dow Jones, +0,18%; S&P 500, +0,01%; Nasdaq Futuro, -0,26%), ao passo que o Ibovespa futuro recuava acima dos 0,4%.

Movimento positivo – Para analistas, um dos motivos para o movimento positivo da bolsa brasileira seria a atratividade exercida por papéis de varejo a investidores com ‘apetite de risco’, sem contar o ‘alívio’ momentâneo em relação à paralisação dos servidores, ainda não concretizada e com menor força do que se imaginava.

Vencimento de opções – Além do vencimento de opções na B3 (outro ingrediente de volatilidade da sessão de hoje, 21), no início da tarde, ganha destaque no noticiário pátrio que hoje (21) é o último dia para a sanção presidencial do Orçamento deste ano, quanto também o ministro offshore isento Paulo Guedes participa de painel online do Fórum Econômico, com a participação da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

Aperto precificado – No front externo, a precificação do aperto monetário global continua produzindo um viés negativo a grande parte das bolsas, a exemplo da Ásia, em que o somente o Hang Seng Index, de Hong Kong, subiu pífios 0,005% ao passo que o nipônico Nikkei recuou 0,90%; o chinês Shanghai SE caiu 0,91% e o Kospi sul-coreano perdeu 0,99%.

Europa cai – Na Europa, todos os índices tiveram queda (britânico FTSE 100 baixa 0,88%; o alemão DAX encolhe 1,5%; o francês CAC 40 recua 1,1% e o italiano FTSE MIB perdeu 1,27%.

Tensão geopolítica – Enquanto o temor de conflito militar global, precipitado pela ameaça russa de invasão da Ucrânia – de quem já ‘tomou’ a região da Criméia, em 2014 – a tensão geopolítica só aumenta, após Irã, China e Rússia anunciarem exercícios navais conjuntos, neste mês e em fevereiro próximo, numa clara provocação à superpotência militar dominante, ainda, os Estados Unidos. Com a ‘fervura geopolítica’ em elevação, é de se esperar pressão de alta sobre o petróleo – o que beneficiaria os papéis de empresas do setor, mas redundaria, mais adiante, em mais inflação global e juros acompanhando…

‘Tiro no pé’ – Ainda sobre petróleo, aqui, vale mencionar o ‘tiro no pé’ do mandatário de plantão, em sua ideia tão obstinada, quanto estapafúrdia de controlar o preço dos combustíveis (o que pode ser a ‘pá de cal’ na tentativa de ‘reerguimento’ da Petrobras, ante uma dívida bilionária, criada pelo saque petista, em passado recente), por meio de um projeto de emenda constitucional (pec) com o objetivo de reduzir artificialmente (e eleitoralmente) os preços dos derivados do petróleo, o mesmo valendo para a energia elétrica, sob o argumento de reduzir ou zerar o PIS/Cofins sobre os combustíveis.

Dividendos duvidosos – Além de colher duvidosos dividendos políticos, a medida implicaria uma perda de R$ 50 bilhões da arrecadação federal, que pode chegar a R$ 57 bilhões, se incluída a isenção de PIS/Cofins sobre a conta de luz, a perda poderia chegar a R$ 57 bilhões ou mais. Ao consumidor, o desconto na bomba chegaria a R$ 0,20, nada mais.

‘Ocupante’ hesita – No último dia para a sanção do Orçamento, o ocupante do Planalto agora ‘não tem certeza’ se poderá reservar, na peça orçamentária, a ‘bolada’ de R$ 1,74 bilhão ‘prometida’ a supostos redutos eleitorais (policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários), deixando à míngua os demais servidores federais.

O ‘rombo’ do Guedes – Por seu turno, o ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentou que o aumento da arrecadação federal justificaria para uma perda de receita, ‘sem comprometimento da meta fiscal’ para o ano, o que, em tese, permitiria um rombo de até R$ 179,5 bilhões nas contas públicas. Só faltou Guedes dizer quem vai pagar essa conta.

Panaceia cambial – Já o outro investidor offshore isento no comando econômico do país, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, admitiu ontem (20) que a volatilidade decorrente do ‘debate eleitoral’ pode abrir espaço para intervenções mais frequentes da autoridade monetária no câmbio, até porque parece que não há mais margem para ‘esticar’ a Selic (taxa básica de juros), próxima dos dois dígitos – deve superar 10,75% em fevereiro próximo.

Elevação de estoques – Ainda sobre o petróleo, destaque para a informação veiculada pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês), de elevação em 515 mil barris dos estoques de petróleo, na semana passada, sob a perspectiva de Tio Sam ‘acelerar’ a liberação de suas reservas estratégicas.

Minério ‘decola’ – O minério de ferro, por sua vez, registrou hoje (21) valorização de 2,23%, a 755 iuanes ou US$ 119,07 (Bolsa de Dalian – China) – patamar considerado o mais alto em quatro meses – como reflexo da redução, de 3,8% para 3,7%, de sua taxa de juros de referência de um ano, além de cortar, de 4,65% para 4,60%, sua taxa de juros cinco anos ou mais.

Bitcoin recua – No campo das criptomoedas, o Bitcoin recua 8,4% a US$ 39.024,17, em decorrência da redução de posições de ativos de maior risco, por parte dos investidores, após a alta dos juros pagos pelos títulos do Tesouro dos EUA.

Covid avança – No diário da Covid, o vírus chinês matou 235 brasileiros, alta de 114% na média móvel de mortes em sete dias, em comparação com o patamar de 14 dias antes, informou o consórcio de veículos de imprensa.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, +0,18%

S&P 500, +0,01%

Nasdaq, -0,26%

Ásia

Nikkei (Japão), -0,90% (fechado).

Shanghai SE (China), -0,91% (fechado).

Hang Seng Index (Hong Kong), +0,05% (fechado).

Kospi (Coreia do Sul), -0,99% (fechado).

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), -0,88%.

DAX (Alemanha), -1,5%.

CAC 40 (França), -1,1%.

FTSE MIB (Itália), -1,27%.

Commodities

Petróleo WTI, -1,71%, a US$ 84,08 o barril.

Petróleo Brent, -1,62%, a US$ 86,95 o barril.

Minério de ferro, +2,23%, a 755 iuanes ou US$ 119,07 (Bolsa de Dalian – China).

Criptomoedas

Bitcoin, -8,4%, a US$ 39.024,17.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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