Acre declara quarentena para conter doença do cacaueiro

O decreto do Ministério da Agricultura foi publicado no Diário Oficial da União. E o Acre foi submetido a “área sob quarentena”. Agora, o transporte de frutos e plantas hospedeiros da praga para outros estados do Brasil está proibido.

A decisão será mantida até que sejam concluídos os trabalhos de delimitação da área exata da ocorrência da praga e estruturadas as medidas previstas de prevenção e erradicação da praga previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância.

Em julho deste ano, um foco da praga foi detectado na zona urbana de Cruzeiro do Sul, no interior do Estado. O reforço na vigilância também foi tomado após um caso de peste suína africana ser registrado na República Dominicana.

A coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro, explica que a medida cautelar busca evitar a dispersão da praga para as áreas de cultivo de cacau e cupuaçu. “Se trata de uma medida cautelar, que visa prover um maior suporte para as ações de fiscalização do trânsito de vegetais, executadas pelas Agências Estaduais de Defesa Agropecuária”, acrescenta.

A praga

A doença chamada Monilíase do Cacaueiro (Moniliophthora roreri) atinge plantas e frutos de cacau, o que causa perdas na produção e, consequentemente, aumento nos custos. A praga não causa riscos à saúde humana.

Além do Brasil, na América do Sul, a doença já foi detectada no Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Venezuela.