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Air France se posiciona contra imposto verde em meio a crise do coronavírus

Emissões de gases das companhias aéreas representam 2,5% do total global, mas devem triplicar até 2050.

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A Air France-KLM está liderando um movimento contra a criação de impostos voltados a grandes emissores de gases causadores de efeito estufa, em meio a um cenário onde o setor aéreo tenta se recuperar da queda expressiva da demanda causada pela crise do coronavírus.

A companhia pode ter que enfrentar aumento na carga tributária diante dos planos da União Europeia de subir custos associados a indústrias que emitem muito carbono. O grupo franco-holandês está sendo apoiado por empréstimos estatais no valor de 10,4 bilhões de euros.

As emissões de gases das companhias aéreas respondem por 2,5% do total global, mas devem triplicar até a metade do século.

As companhias aéreas dizem que o momento atual e a intensidade da proposta vão resultar no corte de mais milhares de empregos e prejudicar o desenvolvimento de tecnologias de emissão reduzida de carbono, ao passo que os defensores da medida dizem que ela já foi adiada demais.

O presidente-executivo da Air France-KLM, Ben Smith, disse que novos impostos “não apoiam redução de emissões”, ao abordar o aumento de taxas na França.

“De fato, é contraproducente e vai nos privar de recursos que poderíamos investir em projetos ambienteais”, afirmou.

A Comissão Europeia busca reduzir as emissões de gases estufa em 55% sobre níveis de 1990 nos próximos dez anos, frente aos 40% estipulados antes.

Um dos pontos da proposta é o aumento da tarifa cobrada das companhias aéreas para 30 euros por passageiro de classe econômica nos voos de curta distância e para 400 euros para clientes da classe executiva de voos de longa distância. Atualmente, o custo varia de 1,5 a 18 euros.

Autoridades afirmam que o setor pagaria 4,2 bilhões de euros, tendo com base o tráfego de 2019.

Tarifas avaliadas em 220 milhões de euros com base em níveis pré-pandemia vão entrar em vigor na Holanda a partir de 1 de janeiro do ano que vem. O Greenpeace também abriu uma ação que pede reduções mais significativas nas emissões em troca do estímulo de 3,4 bilhões de euros à KLM.

 

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