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Economia

Alerta ligado! Fábricas de carro atingem o maior estoque em 3 anos no Brasil

Montadoras reduzem a produção para não gerar excesso de oferta no mercado. Fábricas associam baixa demanda a juros altos e endividamento.

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Apesar de paralisações recentes na produção, os estoques de veículos no Brasil alcançaram o maior volume dos últimos três anos.

Quase metade das fábricas de carros e caminhões já começaram a adotar ajustes, diante do contexto. Pelo menos 12 de 27 empresas anunciaram que vão interromper parte da produção nos próximos dias.

A ideia é impedir que ocorra um excesso de oferta de veículos no mercado, pois isso pressionaria a necessidade de redução dos preços.

Perspectiva

Como houve a melhora no fornecimento de componentes eletrônicos, algo que dificultou a produção nos últimos dois anos, o setor esperava retomar índices semelhantes aos que foram registrados no período pré-pandemia.

Na prática, no entanto, a situação segue preocupante. As vendas do primeiro trimestre deste ano, comparadas ao mesmo período dos últimos 17 anos, só superaram 2022.

No ano passado, porém, houve restrição na oferta de veículos, em razão da falta de peças e equipamentos. Este ano, a situação já foi normalizada, nesse aspecto.

Quantidade em estoque

As montadoras começaram o mês de abril com quase 204 mil carros e caminhões em estoque. Algo assim não ocorria desde abril de 2020, quando a pandemia da covid-19 paralisou as vendas.

À época, mais de 237 mil unidades de veículo ficaram “encalhadas” nas fábricas. As empresas acreditam que a falta de demanda está associada aos juros altos, desaceleração do emprego e endividamento das famílias.

Medidas adotadas

Algumas das maiores fabricantes de caminhões no país já adotaram a redução dos serviços. Elas esperavam uma redução das vendas, após a virada do ano, mas, ainda assim, elas estão abaixo do que se imaginava.

A fábrica de caminhões da Volkswagen, em Resende (RJ), aprovou a suspensão de contratos de trabalho por três meses, a partir de 2 de maio. O chamado layoff atingirá de 700 a 900 trabalhadores.

Nas fábricas de carro, de modo geral, estão ocorrendo interrupções de linhas de produção. A Nissan, por exemplo, suspenderá os serviços, nas próximas duas semanas.

Medidas semelhantes estão sendo adotadas, também, pela Stellantis nas fábricas de Goiana (PE) e Porto Real (RJ); pela Hyundai, Renault e, também, pela General Motors, em São José dos Campos (SP).

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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