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Americanas (AMER3): Bancos negam que tenham ocultado operações

Instituições citadas também são credoras da varejista.

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Os bancos Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) publicaram notas nas quais se isentam de responsabilidade pelas operações de risco sacado da Americanas SA (AMER3).

De acordo com o Valor Econômico, o Itaú reconheceu que alterou a forma como reportava essas operações, mas afirmou que passou a apresentar a informação de que fazia antecipação de recebíveis emitidos contra a empresa, permitindo que “as empresas de auditoria conhecessem sua existência e questionassem sobre seu saldo, caso necessário”.

Conforme o periódico, o Santander lembrou que a própria varejista reconheceu que suas demonstrações financeiras vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas, o que “por si só, comprova taxativamente que a única e exclusiva responsabilidade pelas inconsistências contábeis é da Americanas, por intermédio de sua antiga diretoria”.

Americanas (AMER3): demosntrações financeiras

Mais cedo, nesta data, a Americanas (AMER3) trouxe novos esclarecimentos acerca de suposta fraude ocorrida na companhia, por meio de fato relevante encaminhado ao mercado.

De acordo com o documento, no FR do dia 13 de junho de 2023, a companhia descreveu seu entendimento atual acerca do funcionamento da fraude em suas demonstrações financeiras que envolveram resumidamente, e em números preliminares e não auditados:

Nos Demonstrativos de Resultado da Companhia

  • Diversos contratos de VPC artificialmente criados para melhorar os resultados operacionais da Companhia que atingiram o saldo de R$21,7 bilhões em 30 de setembro de 2022;
  • Ausência de lançamentos de juros sobre operações financeiras, que deveriam ter transitado pelo resultado da Companhia ao longo do tempo, totalizando o saldo de R$3,6 bilhões em 30 de setembro de 2022.

Portanto, no que diz respeito aos resultados da Companhia ao longo do tempo, a fraude descrita ajudou a incrementá-lo em R$25,3 bilhões.

No Balanço Patrimonial da Companhia em 30/09/2022

  • Contrapartidas contábeis dos contratos de VPC artificialmente criados e lançamento incorreto dos juros sobre operações financeiras mencionados acima, ambos contabilizados na forma de lançamentos redutores da conta de fornecedores, totalizando os saldos de R$17,7 bilhões e R$3,6 bilhões, respectivamente;
  • A contratação de operações de financiamento de compras (risco sacado, forfait ou confirming) de R$18,4 bilhões e de capital de giro de R$2,2 bilhões, ambas inadequadamente contabilizadas na conta de fornecedores no balanço patrimonial da Companhia.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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