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Americanas refuta argumentação do ex-CEO Miguel Gutierrez

Varejista envolvida em suposta fraude contábil

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Lojas Americanas Ações

A Americanas (AMER3) acusa o ex-CEO, Miguel Gutierrez, de ter responsabilidade direta na fraude nas contas da companhia.

Em comunicado encaminhado ao mercado na manhã desta segunda-feira (11), a varejista refuta as argumentações de Gutierrez apresentadas no processo judicial movido pelo Bradesco (BBDC4) contra a Americanas.

No documento, a rede destaca que o ex-dirigente não apresentou contraprovas para os documentos e fatos apresentados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que demonstraram sua participação na fraude.

Também cita como prova arquivo digitalizado com anotações de próprio punho feitas por Gutierrez, que estavam em equipamento eletrônico da Americanas por ele utilizado, que apontam a existência de duas versões do demonstrativo da varejista, uma de uso interno da antiga diretoria e outra destinada ao conselho de administração.

Americanas (AMER3)

A Americanas elencou uma série de apontamentos contra o ex-executivo e disse que foi a única parte a apresentar provas no âmbito do processo judicial e reitera a afirmação sobre a fraude e a responsabilidade direta do ex-CEO.

Confira os apontamentos da varejista:

  • arquivo digitalizado com anotações de próprio punho de Miguel Gutierrez, localizadas em equipamento eletrônico da companhia por ele utilizado, em materiais que apontam a existência de duas versões dos demonstrativos da Americanas, uma de uso interno da antiga diretoria e outra destinada ao Conselho de Administração;
  • e-mail enviado por Miguel Gutierrez aos ex-diretores, com orientações para que não fossem levadas, em reunião com Sérgio Rial, respostas a dúvidas sensíveis em relação ao 4T22 e endividamento da companhia;
  • e-mail enviado pelo ex-CEO aos ex-Diretores envolvidos na fraude, pelo qual Miguel Gutierrez reclama do “mar de comentários”, referindo-se a diligentes questionamentos dos membros do Comitê de Auditoria, em linha com as boas práticas de governança recomendadas.

Contradições

A varejista ressaltou, também, que adicionalmente foram identificadas várias contradições e mentiras nas alegações contidas na carta apresentada por Miguel Gutierrez, tais como:

  • O senhor Miguel Gutierrez alega que a companhia passava por situação financeira difícil no segundo semestre, que precisaria de aporte de capital e que todos os órgãos da administração tinham ciência desse fato. Documentos apresentados ao Comitê Financeiro em 07/11/22, arquivados no portal de governança da companhia e já disponibilizados à CPI e demais autoridades, mostram de forma inequívoca que a antiga diretoria, liderada por Miguel Gutierrez, apresentou aos conselheiros visão de que a Americanas geraria R$ 500 milhões de caixa no 4º trimestre de 2022 e continuaria gerando caixa nos anos subsequentes, mantendo índice de endividamento financeiro saudável.
  • Outra argumentação sem fundamento apresentada é a de que os órgãos sociais deliberavam sobre questões estratégicas da Americanas sem conhecimento e participação do ex-CEO Miguel Gutierrez. Esta falsa afirmativa cai por terra diante de mensagem sobre ações do Comitê Financeiro, assim como de agendas de reuniões do Conselho, que mostram que o senhor Miguel Gutierrez era ativo na gestão da companhia, como é de se esperar de qualquer Presidente de empresa.

Bradesco

Em nota, “reitera que, tanto as afirmações supracitadas quanto as evidências que as certificam constam da petição protocolada em resposta ao agravo em processo judicial de autoria do Bradesco e lamenta a posição da instituição financeira, não compartilhada pelos demais bancos credores da companhia, que seguem empenhados num consenso ao Plano de Recuperação Judicial”.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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