Apple é notificada e obrigada a explicar sobre segurança dos AirPods

Em 2020. um casal entrou com um processo contra a Apple após seu filho, de somente 12 anos, ter supostamente sofrido danos permanentes em decorrência de um som estridente emitido pelo alerta Amber (America’s Missing: Broadcast Emergency Response) ser disparado, enquanto usava seu AirPods, um fone de ouvido sem fio da empresa.

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Esse alerta teve origem em 1966 nos EUA, após uma criança, Amber Hagerman, ter sido raptada no Texas. Os alertas são distribuídos através das estações de rádio, TV, e-mail, outdoors comerciais, celular e até mensagens de texto por Wireless.

Os pais relatam que o menino estaria usando um par de AirPods Pro da Apple enquanto assistia Netflix, então, no momento da emissão do alerta, o dispositivo teria causado um som demasiado alto, segundo o relatório, o suficiente para rasgar o seu tímpano e causar lesões na cóclea, acarretando na perda completa na audição no ouvido direito.

O relatório ainda aponta que a empresa não dispõe de nenhum recurso que reduz, controla e limita o volume das notificações e alertas a um nível seguro. E que não avisa seus usuários dos riscos do produto.

A empresa foi oficialmente notificada pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) a se posicionar em relação aos riscos de uso do produto, tendo até 72 horas para responder os questionamentos levantados pelo órgão de defesa do consumidor, diretamente associado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em nota, Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirma “estar investigando o possível defeito e consequentemente o risco à saúde e segurança dos brasileiros”, e afirma também que “a intenção é que a empresa aja com transparência e colabore com as autoridades nacionais e internacionais para esclarecimento imediato do caso”.

No entanto, não houve nenhuma manifestação da empresa até o momento e no site de suporte da Apple não consta orientação no manual do produto em relação ao uso correto e seguro do dispositivo.