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Economia

Atenção ao golpe da viagem! Saiba como identificar sites falsos de reserva de passagem aérea

Depois do episódio da 123 Milhas, todos devem ficar atentos aos perigos da internet, quando se trata de viagens e compra de passagens.

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O caso recente da 123 Milhas, que anunciou em agosto a suspensão de passagens e pacotes contratados pela linha promocional, gerou um alerta entre os consumidores que costumam pesquisar reservas de viagem em sites e plataformas digitais.

A empresa alegou, no comunicado divulgado à época, que a situação se deu em razão da “persistência de fatores econômicos e de mercado adversos, relacionados principalmente à pressão da demanda e ao preço das tarifas aéreas“.

No mesmo texto, a 123 Milhas prometeu fornecer vouchers com os valores pagos pelos clientes e correção monetária de 150% do CDI para que eles fossem utilizados em novas reservas pelo site, mas disse que não poderia devolver o valor em dinheiro.

A situação, claro, gerou enorme revolta e desconforto, até porque ela foi comunicada em cima da hora para muitas pessoas que já estavam com tudo planejado para viajar. Fora isso, inúmeros clientes não conseguiram estabelecer contato com a agência para esclarecer o caso.

Cuidado!

Esse, no entanto, não foi o único episódio do ano. Em março, também houve um caso similar com a Hurb (antigo Hotel Urbano). A recorrência, por mais que elas não sejam, a princípio, sites de reservas de viagens falsas, levantou um alerta grande sobre os riscos envolvidos nesse tipo de contratação.

Muita gente já viajou pela 123 Milhas e pela Hurb, no passado, e mesmo assim chegou a esse ponto dos cancelamentos coletivos e muito transtorno para os clientes. O desejo de viajar e conhecer o destino dos sonhos, muitas vezes, é o que motiva as pessoas a recorrer a alternativas e promessas fáceis da internet.

Um risco grande, hoje, é a existência de sites fraudulentos que prometem pacotes imperdíveis e não cumprem. Segundo a Kaspersky, existe, inclusive, um golpe comum que consiste em solicitar os dados pessoais do cliente, ao acessar um site falso, e a partir disso, “roubá-los” para seguir com a prática criminosa.

Em resumo, são oportunistas que se aproveitam do sonho de viajar das pessoas para aplicar golpes. Com o acesso aos dados e à conta do indivíduo, eles conseguem, por exemplo, transferir pontos e milhagens para monetizá-los e vendê-los. Esse é apenas um dos exemplos. A saída mesmo é sempre ficar alerta e tomar cuidado.

Como evitar sites falsos

  • Uma dica essencial para passar longe desse tipo de situação é sempre buscar o acesso direto ao site oficial do hotel, da empresa aérea ou do aluguel de carros. Sem a atuação de intermediários é o melhor jeito de se precaver.
  • Se mesmo assim você optar por recorrer a sites de terceiros, verifique alguns indícios de segurança e confiança, como a URL do site. Não continue com o processo caso tenha símbolos especiais no lugar de letras ou grafias erradas.
  • Caso a dúvida persista, consulte o certificado do site. Basta clicar no ícone de desbloqueio que fica à esquerda da URL. Vale destacar aqui que golpistas costumam utilizar encurtadores de URL, por isso é bom desconfiar sempre.
  • Outra tática recorrente é o uso de alfabetos alternativos para esconder URLs maliciosas, feitas para aplicar golpes. Os golpistas recorrem, por exemplo, a caracteres do alfabeto letão.
  • Busque dicas entre amigos e familiares que já utilizam determinados serviços e nunca acesse links sugeridos por fontes desconhecidas, como e-mail, aplicativos e redes sociais.
  • Ao efetuar uma compra nesse tipo de site, procure usar sempre o cartão de crédito em vez do de débito. Se for um site falso, os golpistas não terão acesso aos dados da sua conta bancária.
  • Após a efetivação da reserva, busque confirmar diretamente com a empresa fornecedora. Essa antecipação pode ser decisiva, em caso de fraude, pois facilita a contestação no cartão e o possível cancelamento da compra.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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