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Lista de credores da 123milhas tem mais de 5 mil páginas

Empresa entrou com pedido de recuperação judicial.

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A lista de credores da 123milhas tem mais de cinco mil páginas.

A companhia, que entrou com pedido de recuperação judicial esta semana, apresentou o documento à Justiça de Minas Gerais, conjuntamente com a Art Viagens.

O documento mostra que a maioria dos credores são pessoas físicas, com valores na casa dos milhares de reais a receber.

No total, a 123milhas e a Art Viagens (nome oficial da Hotmilhas, uma das principais fornecedoras da 123milhas, que figura como garantidora em uma série de contratos/obrigações, ocupando até a posição de devedora solidária) têm dívidas de R$ 2,1 bilhões com credores sem garantias, de acordo com documentos aos quais o Estadão/Broadcast teve acesso.

Os próprios sócios da empresa, Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, constam da relação de credores.

123milhas

Levantamento do Estadão aponta que entre as empresas sujeitas ao processo de recuperação judicial há uma série de redes hoteleiras, como a espanhola Restels, a AG Hotéis e Turismo e o Transamérica. Também estão na lista a Azul Linhas Aéreas, com R$ 505 mil em débitos a receber; o Google, com R$ 24,3 milhões; a Méliuz, com R$ 244 mil; e a Caixa, com R$ 4,9 milhões.

De acordo com o periódico, a empresa também fez dívidas com o Facebook, a Eletromidia, o banco digital BMP e pousadas e agências de turismo.

Já dentre os credores extraconcursais, ou seja, que não estão sujeitos à recuperação judicial, aparecem o Banco do Brasil e o Santander, com R$ 74 milhões e R$ 8 milhões, respectivamente, em dívidas a receber da companhia.

Esses créditos não serão submetidos ao plano de recuperação judicial que será apresentado pelas empresas e nem sofrerão descontos.

Balanço

Ainda de acordo com o Estadão, o balanço da companhia protocolado na Justiça de Minais Gerais com o pedido de recuperação judicial mostra que, nos primeiros seis meses deste ano, a 123milhas teve prejuízo líquido de R$ 1,671 bilhão. No mesmo período de 2022, as perdas haviam sido de R$ 13,134 milhões.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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