Economia
Atenção, trabalhador! Sua carteira vai sorrir (ou chorar) com o salário mínimo de 2024?
Ministra do Planejamento, Simone Tebet, revelou a proposta que será apresentada pelo governo ao Congresso Nacional durante entrevista.
Faltam alguns meses para 2024, mas o tema “salário mínimo do próximo ano” já começou a ser discutido em Brasília. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), anunciou a proposta que será apresentada pelo governo.
Segundo ela, o salário mínimo de 2024 será estabelecido em R$ 1.421, sujeito à apreciação e aprovação do Congresso Nacional. Se a proposta for aprovada, esse novo valor começará a ser pago somente no próximo ano.
Em termos absolutos, o valor proposto representa um acréscimo de R$ 101 em relação ao piso atual, que é de R$ 1.320. A informação foi divulgada por Tebet ao final de uma entrevista coletiva, na qual respondia a perguntas de jornalistas ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
7,7% de aumento
Em termos relativos, o aumento proposto corresponde a 7,7% em relação ao início de 2023, quando o salário era de R$ 1.302. Meses depois, em maio, o governo alterou o valor, por meio de medida provisória, e o elevou para R$ 1.320.
Quando a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi encaminhada ao Congresso Nacional em abril deste ano, havia também uma previsão do valor do salário em 2024. A expectativa era que ele ficasse em torno de R$ 1.389.
O valor proposto foi calculado considerando a nova regra de correção do salário mínimo, que se baseia na inflação projetada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até novembro de 2023, somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, ou seja, 2022, que teve uma taxa de 2,9%.
Aumento real
Com a recente implantação da nova política de valorização do salário mínimo, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o objetivo é garantir aumentos reais e anuais para os trabalhadores.
A nova regra estabelece que o mínimo seja ajustado de acordo com a inflação do ano anterior, com base no INPC, mais a variação positiva do PIB de dois anos atrás.
Essa mudança foi uma promessa de campanha de Lula, visando à melhoria do poder de compra das famílias. Desde 2019, não existia uma lei que determinasse aumentos acima da inflação.
Se a política atual não tivesse sido implantada, o mínimo estimado para 2024 seria de apenas R$ 1.342.
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