Economia
Auxílio emergencial deve ser pago por mais “3 ou 4 meses”, diz Bolsonaro
Embora data de início da nova rodada de pagamentos ainda não tenha sido definida, o presidente declarou que o auxílio tem que ser liberado a partir de março.
O presidente Jair Bolsonaro confirmou que a extensão do auxílio emergencial já está “quase certa”. Embora ainda não saiba informar o novo valor do benefício, o chefe do Executivo adiantou que mais três ou quatro parcelas devem ser pagas neste ano. A declaração foi feita em entrevista à TV Mirante, afiliada da TV Globo, durante um evento no Maranhão.
“Está quase certo, ainda não sabemos o valor […]. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, disse Bolsonaro.
Até o momento, o governo não definiu a data de início da nova rodada de pagamentos. Contudo, o presidente declarou que “tem pressa” e que o auxílio tem que ser liberado a partir de março.
A princípio, a equipe econômica descartou a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial. Entretanto, com o aumento de casos de Covid-19 no início de 2021, parlamentares começaram a pressionar o governo para retomar o benefício, uma vez que o avanço da pandemia deve atrasar a recuperação da economia e do mercado de trabalho.
Por outro lado, o mercado financeiro já vem reagindo negativamente à nova rodada de pagamentos, devido à possibilidade de criar novas despesas fora do teto de gastos e sem outros cortes.
Bolsonaro ainda defendeu a reabertura de estabelecimentos comerciais para aquecer a economia. “Agora, não basta apenas conceder apenas mais um período de auxílio emergencial, o comércio tem que voltar a funcionar. Tem que acabar com essa história de ‘fecha tudo’, devemos cuidar dos idosos que tem mais comorbidades, o resto tem que trabalhar”, declarou.
Outro ponto destacado pelo presidente foi o risco de endividamento do país, o que pode ter consequências como perda de crédito e inflação. Bolsonaro justificou que o auxílio custa caro para o país. Desta forma, durante a extensão, o auxílio deve contemplar apenas a metade dos beneficiados do ano passado.
“O nome é emergencial, não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país, e ninguém quer o país quebrado”, acrescentou.
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