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Avon é condenada a indenizar mulher em R$ 215 milhões após vender produto que pode causar câncer
Cliente americana processou a marca de cosméticos após desenvolver câncer. Segundo ela, os produtos da empresa seriam a causa.
Você costuma utilizar os produtos da Avon? Então vai se surpreender com este caso. Uma mulher dos Estados Unidos poderá ser indenizada após vencer um processo no qual alega que o uso dos produtos da marca lhe causaram câncer.
De acordo com Rita-Ann Chapman, que mora na Califórnia, os produtos da empresa utilizados por ela teriam sido contaminados por amianto. A ação foi movida em fevereiro deste ano e também inclui o marido da cliente, Gary Chapman.
Rita-Ann foi diagnosticada com mesotelioma, um tipo de câncer de tecido fino (tecidos internos dos órgãos) que segundo ela foi causado pelo uso de mercadorias com amianto fabricadas pela Avon. No julgamento realizado em Los Angeles, ficou decidido que a companhia terá que pagar uma indenização milionária à mulher.
O valor estabelecido foi de US$ 36 milhões em danos compensatórios, mais US$ 10,3 milhões em danos punitivos, totalizando cerca de R$ 215 milhões na conversão atual.
Durante o processo, a marca foi acusada de vender produtos contendo talco com alta dose de amianto, contaminação que ocorreu durante o processo de formação e mineração. A substância foi detectada em quatro diferentes mercadorias, o que serviu de prova para a acusação da consumidora.
Prejuízo da Natura&Co
Quem deve arcar com o prejuízo é a empresa Natura&Co, grupo que recentemente adquiriu a Avon. A companhia firmou que pretende recorrer, já que afirma ter provas suficientes para anular o veredicto. De acordo com o grupo, ele “buscará todos os mecanismos para sua defesa”, uma vez que “o tribunal excluiu indevidamente todas as testemunhas factuais”.
A boa notícia para é que suas ações fecharam em alta de 3,33% na B3 (bolsa de valores brasileira) na última segunda-feira, 19. O sucesso da sede brasileira se deve ao otimismo em relação ao varejo.
Como vai recorrer, a Natura&Co deve ganhar tempo antes de pagar a indenização. Se decidir não entrar com recurso, terá que desembolsar a quantia milionária, o que pode abrir precedente para novos processos na Justiça.
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