Economia
AZ Quest diz que dólar abaixo de R$5,30 pode estimular posições negativas ao real
Estrategista da gestora acredita que com dólar abaixo de R$ 5,30 o mercado começa a repensar sobre sua compra.
Bernardo Zerbini, um dos responsáveis pela estratégia da gestão macro da gestora AZ Quest, afirmou nesta quarta-feira que o sentimento com relação ao real melhorou recentemente, empurrado pelo exterior e por indícios positivos do governo sobre austeridade fiscal, mas um dólar abaixo de 5,30 reais pode voltar a estimular posições negativas na moeda brasileira.
“A apreciação do real é limitada. (Com um dólar) abaixo de 5,30 reais o mercado começa a repensar sobre comprar dólar de novo, por causa do carry baixo, do juro real negativo ou zero… Isso tudo joga contra a moeda (brasileira)”, defendeu Zerbini.
O estrategista também afirmou que por ora está zerado em posição “seca” (direcional) em real, mas vendido na moeda dentro de uma cesta de divisas emergentes, num trade que serve como hedge para posições compradas em bolsa norte-americana.
Ele falou ainda sobre a melhora do câmbio após a mudança do Federal Reserve dos EUA em sua abordagem para a política monetária. “O atual cenário estimula quem está comprado (em dólar) a reduzir essa posição ou quem está zerado ficar vendido”, afirmou.
O real sobre 4,5% desde que bateu uma mínima em três meses, de 5,6124 por dólar, em 26 de agosto. Nesta quarta-feira, sua cotação era de 5,3689 por dólar.
Zerbini abordou também a renda fixa, dizendo que o processo de queda da Selic está em um “movimento final” e que, por isso, a estratégia agora está mais para “compressão de prêmio” (à espera de redução dos prêmios de risco da curva de juros) do que de “apreciação de capital” (quando se espera ganhar com quedas da Selic).
A Selic ficará no atual patamar de 2% por um período de 16 meses a 18 meses, acredita a AZ Quest. Dessa forma, a previsão é que as taxas de DI janeiro 2022 e janeiro 2023 caiam cerca de 100 pontos-base ao longo dos próximos meses, considerando manutenção das agendas fiscal e de reformas.
Muito acima do CDI atual de 1,90%, os DIs janeiro 2022 e janeiro 2023 estão em 2,82% e 4,00%, respectivamente.
Zerbini alertou que ainda vê riscos sobre as contas públicas e de crescimento econômico limitando o apelo pela curva longa de juros. “Não achamos que o governo vai escolher o precipício (fiscal)”, finalizou.

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