Perfis
Jorge Paulo Lemann
Trajetória de Jorge Paulo Lemann, um dos homens mais ricos do país.
Perfil de Jorge Paulo Lemann
Nome completo: | Jorge Paulo Lemann |
Ocupação: | Empresário e economista |
Local de Nascimento: | Rio de Janeiro, Brasil |
Data de Nascimento: | 26 de agosto de 1939 |
Fortuna: | R$ 91 bilhões (segundo a lista da Forbes 2020) |
Jorge Paulo Lemann é um economista e empresário carioca, considerado em 2021 pela Forbes o segundo homem mais rico do Brasil.
Leia também: Luis Stuhlberger: de desajeitado a multimilionário e maior gestor de fundos do Brasil
O veterano só perde para o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook.
Filho de pais de origem suíça do qual herdou a cidadania dupla, Lemann é referência como empresário no Brasil, tendo uma cultura corporativa bastante curiosa.
Continue a leitura e conheça a história e trajetória de uma das pessoas mais ricas do mundo.
Quem é Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de agosto de 1939, filho de pai imigrante da Suíça e mãe descendente de suíços.
Seu pai deixou na Suíça um negócio de queijos e laticínios quando decidiu vir para o Brasil.
Mas em Resende – RJ, abriu a Lemann & Company, no mesmo seguimento.
Quando Jorge Paulo tinha 14 anos, o seu pai morreu e esse fato abalou bastante a família.
Entretanto, ele continuou se dedicando aos estudos e se formou no ensino médio, recebendo dos amigos o título de “most likely to succeed”.
E assim aconteceu, de fato, Lemann fez sucesso e ergueu, junto com seus dois principais sócios, Marcel Telles e Beto Sicupira, um império do capitalismo mundial.
Nesses 81 anos de idade, Lemann foi capaz de criar Banco Garantia e investiu em empresas como Lojas Americanas, Brahma e a Antarctica, que formariam a Ambev.
Além disso, investiu em empresas como Telemar, Gafisa e ALL.
Partindo para investimentos no exterior, Leman criou o fundo 3G Capital.
Nessa empreitada, comprou as redes Burger King, Tim Hortons, Popeyes e Heinz.
No quesito filantropia, Jorge Paulo é idealizador de três entidades: Fundação Estudar, Fundação Lemann e Instituto Tênis.
Formação
Lemann formou-se no ensino superior em nada mais, nada menos que Harvard!
Assim, em 1957 o jovem estava matriculado no curso de economia, terminando em apenas dois anos em vez dos três habituais.
Início da trajetória
Recém-formado, o jovem Lemann voltou para o Brasil e saiu em busca de trabalho no mercado financeiro e conseguiu.
Jorge Paulo começou a trabalhar na Deltec, uma empresa criada no Rio de Janeiro em 1946 para negociar ações no mercado latino-americano.
Entretanto, desanimado com o estado embrionário do mercado de capitais no Brasil, resolveu usar sua dupla cidadania suíça e tentar um estágio no exterior.
Assim, em Genebra, Lemann conseguiu uma vaga no banco Credit Suisse, mas trabalhar lá não trouxe felicidade.
Isso porque na instituição havia burocracia, com hierarquia e processos lentos e engessados.
Por isso, o jovem pediu para sair do estágio depois de sete meses.
Quando retornou ao Rio, em 1963, Lemann foi contratado pela financeira Invesco.
Ali era o local em que Jorge Paulo gostava de trabalhar, e foi na Invesco em que ele realmente fez a diferença.
Lá, ele estruturou uma área de mercado de capitais que começou a incomodar as tradicionais operadoras da Bolsa de Valores.
A sua estratégia funcionava com uma espécie de “bolsa paralela”.
Como resultado, a Invesco chegou a movimentar 5% do volume da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Após essa cartada, Lemann foi promovido a sócio da empresa, entretanto, em 1966, a Invesco quebrou.
Corretora Libra
Após o desastre com Invesco, Jorge Paulo precisava seguir em outro negócio e iniciou investimentos na corretora Libra, junto com Jorge Carlos.
Bem, os dois amigos conseguiram, de entrada, uma participação de 26% no negócio, onde dividiram igualmente.
Assim, com a presença dos dois, a corretora teve resultados positivos, conseguindo, inclusive, novos talentos que acompanhariam Lemann em outras empreitadas, como Luiz Cezar Fernandes.
Entretanto, em 1970, depois de tentar sem sucesso comprar o controle da Libra, Jorge Paulo foi obrigado a vender sua participação por US$ 200 mil.
Corretora Garantia
Em 1971, com o dinheiro da venda da corretora Libra, o time Lemann, Ramos da Silva e Luiz Cezar e dois investidores, compraram o título da corretora Garantia.
No ano seguinte, Marcel Hermann Telles foi contratado para trabalhar como liquidante e, em 1973, Carlos Alberto Sicupira, também foi convocado para trabalhar na corretora.
E essa sociedade entre Lemann, Telles e Sicupira se perpetua até hoje!
Mas sabe qual foi o segredo de dar certo? Segundo Lemann, isso só foi possível graças a alguns pilares:
- Os três seguem os mesmos valores;
- Um não interfere no trabalho do outro;
- Os papéis dos três sócios sempre foram bem definidos;
Esses pilares foram tão fortes na sociedade entre os três que, somente 27 anos depois, no ano de 2000, é que eles formalizaram um acordo de sócios.
Na verdade, isso só foi necessário para facilitar a sucessão visto que o trio de empresários têm 11 herdeiros.
Cultura Polêmica de Lemann
Se trabalhar no negócio dos pais é um caminho comum entre as famílias que mantêm negócios, para Lemann essa não é uma realidade.
Isso porque o bilionário sempre proibiu que filhos e cônjuges de sócios trabalhassem nas empresas.
Dessa forma, problemas que costumam ocorrer em empresas familiares, não ocorrem nos negócios gerenciados por Lemann.
Nessa mentalidade, Lemann estava interessado em contratar PSD: poor, smart and deep desire do get rich.
Isso queria dizer mais ou menos como uma pessoa pobre, esperta e com grande desejo de enriquecer.
Ou seja, para Lemann, o diploma não era o suficiente, ele estava interessado em pessoas com jeito de vencedor.
Nesse cenário, sendo um dos donos da corretora Garantia, Lemann ajudou a estabelecer a cultura nova.
Naquela época, existia um grande engessamento de hierarquia e formalidade nos bancos e empresas.
Contudo, a Garantia queria seguir por outro caminho.
Então, por exemplo, não havia paredes separando escritórios e terno e gravata não eram obrigatórios.
Além disso, o modelo de remuneração também era diferente do modelo adotado pelas principais instituições financeiras do Brasil.
A Garantia utilizava o modelo do banco Goldman Sachs, com salários abaixo da média do mercado e bônus semestrais.
Nesse cenário, os bônus poderiam ser milionários e isso só dependia do desempenho individual.
Ou seja, a empresa trabalhava sob o preceito de meritocracia, onde todos os funcionários de todas as áreas participavam de uma avaliação a cada semestre.
Assim, caso o desempenho fosse dentro ou acima do que se esperava, os funcionários recebiam bonificação.
Entretanto, caso o desempenho ficasse abaixo do que se esperava, o funcionário sofria demissão.
O crescimento do império bilionário de Lemann
Vendo o sucesso da Garantia, o banco americano JP Morgan tentou comprar, EM 1976, uma parte do Garantia.
Contudo, Lemann dificultou o negócio e decidiu entrar no ramo de bancos de investimento.
Nos anos seguintes, Lemann obrigou os sócios fundadores a venderem partes da sua sociedade para que ele pudesse repassar para os novatos.
Em 1982, Lemann comprou a Lojas Americanas que, com a má gestão financeira, a empresa afundava.
Entretanto, de acordo com os cálculos de Lemann, a Lojas Americanas estava tão barata que poderia lucrar somente com a venda dos imóveis se tudo desse errado.
Em 1994 um sonho aconteceu, com os negócios que os sócios fundadores investiram, o Garantia teve o melhor ano da sua história, com lucro de quase US$ 1 bilhão.
Contudo, quatro anos depois, abalado pelos efeitos da crise asiática, o Garantia foi vendido para o Credit Suisse por US$ 675 milhões.
Bebidas: a nova aposta bilionária
Há quem perca dinheiro com bebidas alcoólicas, mas para Paulo Lemann, se tornar dono da Ambev lhe rendeu bilhões!
Tudo começou em 1889, quando o Garantia era lucrativo.
Nessa época de vacas gordas, Lemann decidiu comprar a Brahma por US$ 60 milhões.
Como Sicupira estava no comando da gestão da Lojas Americanas, Telles foi o escolhido para transformar a Brahma em um negócio lucrativo.
A princípio, a meta era cortar as despesas em 10% e aumentar a receita na mesma porcentagem, e essa estratégia deu certo.
Em apenas dois anos, o faturamento havia crescido 7,5%, o lucro triplicou e 35% dos melhores funcionários receberam um bônus de até nove salários.
Com a Brahma nos eixos, em 1999, conseguiu arrematar a concorrente Antarctica.
Assim, após 45 de negociação as duas empresas se fundiram e se tornaram Ambev, a quinta maior fabricante de cervejas do mundo.
E não parou por aí! Em 2004, ocorreu a fusão da Ambev com a belga Interbrew, que deu origem à líder do setor cervejeiro.
Essa empreitada gerou uma receita anual somada de 12 bilhões de dólares, atuação em 140 países e 12% do mercado.
Com os bons rendimentos, chegando a um lucro aumentado em 150% os brasileiros foram atrás da Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser.
Assim, para a felicidade de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, em novembro de 2008, por US$ 52 bilhões, os sócios se tornaram os controladores da cervejaria americana.
Atualmente, a fusão de todas essas empresas cervejeiras se chama ABInBev.
Olhando para além do Brasil
Os negócios poderiam estar indo bem no Brasil, principalmente com a aposta nas cervejeiras, mas a ambição do trio de empresários queria expandir as fronteiras.
Por isso, em 2004 resolveram criar um fundo com o objetivo de investir em empresas de fora do Brasil: o 3G.
Seis anos depois, o 3G conseguiu comprar o controle da rede Burger King por US$ 4 bilhões.
Em 2013, em parceria com o investidor Warren Buffett, o 3G anunciou a aquisição da fabricante de alimentos Heinz.
Além disso, entraram no leque do fundo 3G o Restaurant Brands International, a rede Popeyes, a Movile (dona do iFood) e o Gera Venture Capital.
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