Ações, Units e ETF's
Brasil não tem condições de ingressar, já, no setor de alta tecnologia
Segundo executiva do JP Morgan, Cassiana Fernandez, país precisa investir ‘forte’ em pesquisa tecnológica para produzir chips
Mesmo que se beneficie do momento oportuno de diversificação das cadeias produtivas, o Brasil está longe de reunir, no curto prazo, condições para ingressar no competitivo nicho de tecnologia avançada, a exemplo da produção de chips.
A observação contundente partiu da chefe de pesquisa econômica para a América Latina do gigante financeiro estadunidense JP Morgan, Cassiana Fernandez, ao fazer menção ao contexto geopolítico conturbado atual, marcado por tensões permanentes entre as maiores potências do planeta (EUA e China) ou pela Guerra da Ucrânia.
Embora disponha de recursos naturais em abundância, esteja distante de regiões de conflito, mas próximo de mercados consumidores, o país, acentua Cassiana, não apresenta “condições mais favoráveis de investimento privado, sobretudo em pesquisa na área tecnológica, tendo em vista participar em postos de produtos de maior valor agregado dentro do setor de tecnologia. Mas sem dúvida, é algo que a gente tem potencial para desenvolver”.
Sobre o ambiente propício para investimentos estrangeiros no país, a economista-chefe fez menção ao pioneirismo brasileiro (leia-se, do Banco Central) entre os países emergentes, ao buscar a normalização da política monetária, em 2021, interrompendo, mais cedo que os demais, o ciclo de alta das taxas de juros, o que permitiu antecipar o processo de desinflação, logo depois. Nesse sentido, ela citou o IPCA, que fechou o ano passado com uma variação de 5,8%.
Ainda que os ‘núcleos de inflação’ ainda estejam em ‘patamares muito elevados’, é possível, segundo ela, visualizar uma redução dos indicadores. Embora reconheça que persista a preocupação com relação à questão fiscal e o ambiente político – que se tornou mais conturbado, desde a eleição presidencial no ano passado – Cassiana afirma ter uma ‘visão mais construtiva’ a esse respeito.
“A divulgação do novo arcabouço fiscal reduz de uma forma significativa um risco de cauda mais negativo sobre a condução da política econômica. Mas você ainda tem muitas incertezas quanto à aprovação e o encaminhamento que ela vai ter ao longo dos próximos anos”, avalia a executiva.
Quanto às perspectivas de desenvolvimento nacional, no curto e médio prazos, Cassiana observa que o país apresenta duas grandes vantagens e dois grandes problemas. No segundo caso, ela cita o fato de termos uma das taxas de crescimento mais baixas do mundo (entre países de renda média), e o nível elevado da dívida pública, fatores que contribuem para uma ‘distribuição de crescimento muito ruim’ que, por sua vez, mantém ‘alta a demanda por gastos e transferências sociais’.
Pelo viés das vantagens, ela aponta que as contas externas tupiniquins são as mais sólidas entre as economias emergentes, mais do que suficiente para financiar todo o déficit em conta corrente, por meio da entrada de investimento direto, isso sem contar as reservas internacionais, correspondentes a 20% do PIB, em nível muito superior ao da dívida externa pública, servindo como colchão estratégico. O outro fator positivo seria “a disponibilidade de recursos naturais, reserva de petróleo, minério de ferro e toda a área para agricultura, que colocam o Brasil numa posição bastante privilegiada”.

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