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Agronegócio

Brasil solicita ampliação de cota de exportação de carne suína à Rússia

Licenças emitidas pelo governo e os obstáculos logísticos globais tornam o processo de exportação mais demorado.

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Nesta semana, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), afirmou que a indústria do Brasil, durante missão à Rússia, solicitou ao país que estenda sua cota de exportação de carne suína em 100 mil toneladas e agilize a emissão de licenças para que o produto possa ser embarcado.

A cota atual é válida até junho deste ano, com a ideia de estendê-la até o final de 2022, segundo entidades que representam os maiores frigoríficos do Brasil, incluindo JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Aurora Alimentos.

Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, “na reunião do Conselho Empresarial Rússia-Brasil, em Moscou, colocamos alguns pontos como o fortalecimento de relações nas proteínas animais”.

“Também viemos pedir agilidade na emissão de licenças para cumprir essa cota de 100 mil toneladas, já que o Brasil é o único habilitado para usar essa cota no momento, Estados Unidos e União Europeia não estão participando”, disse à Reuters.

De acordo com Luis Rua, diretor de mercados da ABPA, os concorrentes brasileiros na exportação de carne suína, como União Europeia e EUA, possuem fábricas autorizadas a exportar para Rússia, porém “há limitações de ordem política e geopolítica que fazem com que, na prática, essas unidades não possam enviar os produtos”.

Nesse caso, o Brasil pode ser o melhor fornecedor capaz de cumprir essa cota, disse Rua. Além disso, ele afirmou ainda que a forma como os russos controlam as mercadorias que fazem parte da cota é emitindo licenças aos importadores que pretendem adquirir a proteína.

Segundo Rua, as licenças são emitidas pelo governo e os obstáculos logísticos globais tornam o processo de exportação mais demorado. O ideal seria que os administradores atrasassem a validade das cotas ou até mesmo aumentassem, dependendo da demanda russa, e se não houver atraso, certamente será necessário agilizar a emissão dessas licenças, tendo em vista que todos produtos chegam às dificuldades logísticas da Rússia.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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