Braskem aumenta prejuízo no 3º tri com provisão adicional para evento em Alagoas e câmbio

A Braskem reportou na noite de terça-feira prejuízo líquido de 1,4 bilhão de reais no terceiro trimestre, maior do que o tombo de 888 milhões de reais visto em igual período de 2020, afetada por provisão extra associada a evento geológico de Alagoas e efeito cambial.

O provisionamento ligado aos problemas em Alagoas chegou a 3,56 bilhões de reais, ao passo que o efeito da variação cambial nos números, considerando a depreciação do real contra ao dólar sobre a exposição líquida, totalizou 2,68 bilhões de dólares, disse a petroquímica.

Isso se sobrepôs ao crescimento de 20% na receita líquida com vendas, para 16 bilhões de reais, enquanto o custo do produto vendido avançou 7%, a 12,4 bilhões de reais. O resultado financeiro líquido foi negativo em 1,8 bilhão de reais, ante resultado negativo de 2 bilhões de reais no terceiro trimestre do ano passado.

Já o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente disparou 129%, para 3,765 bilhões de reais no período, com a geração livre de caixa do período atingindo 747 milhões de reais, de 401 milhões de reais um não antes.

O desempenho foi resultado de melhores spreads de Polietileno (PE) e policloreto de vinila (PVC) no Brasil, Polipropileno (PP) na Europa e PE no México, além do crescimento no volume de vendas no Brasil, nos Estados Unidos e no México, bem como da queda do real frente ao dólar, explicou a Braskem.

A alavancagem corporativa, medida pela relação dívida líquida/Ebitda recorrente em dólares, foi de 4,98 vezes, ante 4,05 vezes da mesma época de 2019, mas bem abaixo do nível do segundo trimestre, de 7,11 vezes.

A Braskem disse que ultrapassou 1,050 milhão de toneladas de resinas vendidas no mercado doméstico no terceiro trimestre, recorde histórico de vendas de resinas no Brasil para o período, reflexo sua estratégia de priorizar o mercado brasileiro.