Saúde
“Cara de pau” na cozinha: tábuas de madeira e plástico podem contaminar alimentos com micropartículas e isso exige atenção
Esttudo recente alerta que ao utilizar tábuas de madeira e plástico no corte de alimentos, podemos estar ingerindo partículas minúsculas desses produtos junto de nossa comida.
Se você utiliza tábuas de carne para cortar alimentos na sua cozinha, então, fique atento a esse alerta! De acordo com uma pesquisa publicada na revista Environmental Science & Technology, os utensílios tão comumente usados precisam de atenção especial.
Segundo as estimativas do estudo, o simples ato de cortar alguns itens em cima de tais objetos produziriam dezenas de milhões de partículas por ano. Dessa forma, involuntariamente, estaríamos consumindo microplásticos em nossa alimentação.
Isso acontece porque esses bens de consumo sofrem perfurações, riscos e ranhuras com o passar do tempo, fazendo a superfície, antes intocada, ser danificada aos poucos.
E o mesmo acontece com as versões das tábuas feitas em madeira, já houve casos documentados ao redor do mundo em que pessoas se engasgaram com farpas oriundas dessas ferramentas.
Porém, até o momento atual, nenhuma das pesquisas já realizadas tratou do impacto real desse problema todo no dia a dia de uma cozinha, mas isso acabou de mudar!
Como os pesquisadores chegaram até essa conclusão
Neste estudo, os cientistas coletaram os pequenos pedaços gerados pelo desgaste das superfícies analisadas. Os resultados revelaram que, dependendo da maneira como a pessoa usa a faca, uma tábua pode liberar de 14 a 71 milhões de microplásticos ao ano.
Entretanto, se o utensílio é feito de polipropileno, a quantidade pode ser ainda maior, com até 79 milhões de partículas podendo se liberadas anualmente nos alimentos. Bastante coisa, não acha?
Sabemos que tais números assustam, mas os pesquisadores afirmam que elas (as partículas) não apresentam efeitos negativos ao organismo de pessoas e animais, pelo menos nos testes realizados até agora.
Mas, mesmo assim, os especialistas dizem que é preciso permanecer alerta e pedem para que as pessoas substituam o plástico e a madeira por vidro, se isso for possível para elas.
Também é importante salientar que os efeitos do plástico na saúde humana continuam sendo estudados e, portanto, não há um consenso sobre os seus males no médio e no longo prazo. Mas isso não descarta os cuidados que devemos ter com esse material.
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