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Cargill espera mercado de alimentos mais complexo e planeja expandir diversificação

Companhia quer investir em produtos mais elaborados e de maior valor agregado.

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A Cargill, companhia global de processamento de alimentos e comercialização de commodities, pretende se diversificar mais através do investimento em produtos mais elaborados e de maior valor agregado para atendimento da demanda dos consumidores em um mercado cada vez mais complexo, informou um executivo do grupo.

De acordo com o diretor-geral de amidos e adoçantes na América do Sul, Laerte Moraes, a empresa manterá os investimentos em novos produtos ao passo que tenta equilibrar negócios que envolvem grandes volumes e margens baixas e a sua participação em setores com volumes menores e preços mais altos.

“Os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos que atendam às especificações que eles procuram”, disse Moraes.

“No passado, nós costumávamos ter um mercado de nicho nisso…agora nós temos dezenas”, acrescentou.

O movimento ilustra a necessidade de adaptar-se a novos hábitos de consumo e às demandas de clientes industriais em relação a rotulagem e sustentabilidade nas cadeias de suprimento. Além disso, há um mercado crescente para adoçantes de baixa caloria e alimentos com menos gorduras trans e gorduras saturadas.

Um exemplo das ações da Cargill é a que a empresa está concluindo a construção de uma nova unidade no Brasil para produção de pectina, um subproduto de frutas cítricas usadas em geleias, bebidas, laticínios e confeitos.

O empreendimento, que recebeu investimento de 550 milhões de reais, fica na cidade de Bebedouro e deverá começar a operar em maio para atender principalmente mercados de exportação.

As vendas de ingredientes de alimentos nas Américas do Sul e do Norte estão quase nos mesmos níveis de 2019, a despeito da pandemia de coronavírus, disse Moares.

Segundo ele, as vendas vendas de alimentos em todos os segmentos foi alavancada pelo pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia, mas ainda não se sabe como será quando o benefício chegar ao fim.

Aproximadamente 50% dos negócios da Cargill no Brasil ainda está associado à parte de comercialização de commodities do grupo, acrescentou o executivo.

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