Cemig (CMG4) apura lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no 4T22

Dona de um lucro líquido de R$ 1,407 bilhão no quarto trimestre de 2022, a Cemig (CMG4) apresentou alta de 46,1% desse indicador em relação a igual período de 2021, divulgou a companhia energética ontem (25). Se considerado lucro ajustado, o resultado foi de R$ 1,2 bilhão, ou um avanço de 21,3%, no comparativo anual.

Pelo critério do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, em inglês), a cifra foi R$ 1,97 bilhão – crescimento anual de 19,1% – ao passo que o ebitda ajustado chegou a R$ 1,66 bilhão (alta anual de 11,1%). Mais contido foi o resultado da receita liquida, que subiu 1%, em igual comparativo anual, passando a R$ 9,753 bilhões.

Na área de distribuição, o fornecimento de energia para clientes cativos – acrescido da energia transportada para clientes livres e distribuidoras –somou 11,85 mil gigawatt-hora (GWh) no último trimestre do ano passado, o que representa aumento de 1,4%, para igual período de 2022. Tal desempenho, por sua vez, decorre do maior consumo da classe residencial (+113,9 GWh ou +4,1%), acompanhado de um crescimento de 2,8% no número de clientes.

Em sua apresentação, a companhia observou expansão da classe comercial, mas declínio da rural (que determinou um efeito combinado de 0,7%), em decorrência da mudança de clientes das classes rural e de serviço público à classe comercial, em conformidade com a revisão cadastral definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

No que se refere a custos e despesas operacionais, estas atingiram R$ 8,21 bilhões no 4T22, com variação positiva de 2,2%, no comparativo anual, em decorrência, sobretudo, do aumento de R$ 467 milhões em despesas de pós-emprego (fruto da reversão de R$ 415 milhões na provisão do seguro de vida – pós-emprego no 4T21) e aumento de 19,5% (+R$ 114 milhões em comparação com o 4T21) na despesa com gás comprado para revenda.

Também no comparativo mencionado, a Cemig apurou resultado financeiro negativo de R$ 69,8 milhões, inferior, contudo, ao do 4T21, de R$ 310,8 milhões, em razão da variação negativa de 3,49% do dólar ante o real (-R$ 0,189) no 4T22, como reflexo do valor justo do instrumento financeiro contratado para proteção dos riscos vinculados ao Eurobonds, sem contar o reconhecimento do ágio ocorrido na recompra de títulos de dívida no montante de R$ 46,8 milhões. Em outro dado, a dívida bruta consolidada da empresa atingiu R$ 10,579 bilhões em 2022, montante 6,9% inferior ao de 2021.