Saúde
Chá: saudável ou prejudicial para o fígado?
De acordo com estudos, além de benefícios, o chá verde pode causar danos à saúde. Veja detalhes a seguir.
O chá verde é uma bebida famosa feita por meio das folhas da planta Camellia sinensis. Esse chá é conhecido por seus benefícios à saúde e seu sabor distintivo. Apesar de ter raízes na China, agora é cultivado e consumido em todo o mundo.
Ao contrário do chá preto, as folhas do chá verde não passam pelo processo de oxidação, mantendo sua cor verde e preservando muitos de seus compostos benéficos. Ele contém cafeína e é rico em antioxidantes, como as catequinas, que podem ajudar a combater os danos causados pelos radicais livres no corpo.
O sabor do chá verde pode variar de suave e vegetal a mais ousado e adstringente, dependendo do tipo de chá e da forma como é preparado.
Estudos sugerem que esse chá pode oferecer uma variedade de benefícios para a saúde, incluindo a melhoria da saúde do coração, a redução do risco de certos tipos de câncer e o estímulo à perda de peso. Entretanto, segundo outros novos estudos, seu consumo pode gerar riscos à saúde.
Riscos associados ao consumo do chá verde
Devido às suas notáveis propriedades antioxidantes, o extrato proveniente da planta do chá verde contém concentrações significativamente maiores de catequinas e cafeína em comparação com o chá comum de saquinho.
Embora as catequinas sejam compostos químicos naturais provenientes de plantas, o acúmulo de cafeína no fígado pode apresentar riscos à saúde. Os potenciais efeitos adversos do extrato de chá verde estão documentados no The Journal of Dietary Supplements, que alerta sobre os possíveis danos hepáticos associados ao uso prolongado de altas doses.
Para obter os resultados mencionados, o estudo selecionou indivíduos com variações genéticas específicas que os tornavam propensos a apresentar sinais de estresse no fígado após um ano de consumo do extrato. Esses participantes foram submetidos a uma ingestão diária de 843 miligramas do principal antioxidante presente no chá verde, conhecido como “epigalocatequina galato” (EGCG).
A análise destacou que os primeiros indícios de dano ao fígado foram mais prevalentes em mulheres com uma variação genética no gene catecol-O-metiltransferase (COMT). Eles haviam sido fortemente preditos por uma variação no genótipo uridina 5′-difosfo-glucuronosiltransferase 1A4 (UGT1A4).
Os participantes com o genótipo UGT1A4 de alto risco observaram um aumento de quase 80% na enzima que indica estresse hepático após nove meses de consumo do suplemento de chá verde. Um dos autores do estudo observou:
“Ainda não estamos próximos de identificar com segurança quem pode utilizar o extrato de chá verde em doses elevadas.”
O estudo ressalta que, embora a toxicidade hepática esteja associada a doses elevadas de extrato de chá verde, doses mais baixas parecem apresentar riscos, embora menores.
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