Cias&Cifras | PIX: C6 vai cobrar R$ 0,15 na maquininha; Febraban diz que bancos estão preparados

O C6 Bank, banco digital, anunciou a cobrança de R$ 0,15 pela transação do PIX na maquininha. Trata-se da primeira instituição financeira a informar um valor por uso do novo sistema de pagamentos eletrônicos do Banco Central (BC).

A iniciativa passa a valer em fevereiro, ou seja, três meses após o PIX estar à disposição para todos os brasileiros, marcado para dia 16 de novembro. Antes desta data, o sistema de pagamentos estava restrito a um público fechado, em caráter de testes.

Cobrança

O mercado em geral aguarda que as demais instituições financeiras divulguem nas próximas horas, incluindo o final de semana, possíveis taxas a serem cobradas pelo serviço.

Com esta premissa, é comum que alguns dos bancos que aderiram ao PIX anunciem taxa zero, para atrair e reter clientes às suas plataformas.

C6 Pay

Com relação ao C6 Bank, a fintech comercializa a maquininha C6 Pay. Já a cobrança será fixa, ou seja, independe do valor transacionado. Conforme o banco digital, esta cobrança passa a vigorar após o 101ª pagamento.

O banco optou por uma tarifa fixa, em centavos, e não em porcentual, como costuma ocorrer para vendas com cartão de crédito ou débito, porque entende que será de mais fácil compreensão por parte do varejista.

Febraban

A FEBRABAN e seus bancos associados estão preparados para o início do lançamento do PIX, que começa oficialmente na próxima segunda-feira, dia 16, às 9h, para todas as pessoas e empresas que tenham uma conta corrente, conta poupança ou uma conta de pagamento pré-paga em uma das 762 instituições participantes do sistema de pagamentos instantâneos. Com o Pix será possível fazer transações financeiras por 24 horas, em todos os dias do ano, inclusive finais de semana e feriados, em até 10 segundos.

A Federação avalia que o funcionamento do sistema no período de testes mostrou-se eficiente, com volumes significativos de transações. Desde o dia 03, início da fase de testes (intitulado soft opening), até ontem (12) foram feitas 826 mil transações, totalizando cerca de R$ 325 milhões. Neste período foram cadastradas 69,5 milhões de chaves Pix, sendo 66,6 milhões de pessoas físicas. Até o momento, o tipo de chave mais cadastrada é a do CPF, com 25,4 milhões, segundo dados do Banco Central.

Vantagens

Para a FEBRABAN, o Pix irá trazer inovação para o sistema financeiro e maior conveniência para milhões de brasileiros em suas operações financeiras do dia a dia. Entre outras vantagens, a Federação também destaca:

• a utilização de chaves de endereçamento (celular, e-mail ou CPF) para localizar os dados da conta do recebedor dá muita conveniência e comodidade ao cliente usuário;
• o Pix tem o potencial de reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais, que somente de custo de logística totaliza cerca de R$ 10 bilhões ao ano;
• a iniciativa deverá reduzir a necessidade de saques em espécie nas agências e nos caixas eletrônicos, o que também traz maior conveniência aos clientes bancários;
• a economia tende a ganhar mais velocidade e ritmo, já que recursos entram e saem das contas de forma instantânea, 24 horas por dia, 7 dias por semana;
• o Pix deverá transformar-se em uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no país.

Transações seguras

Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da FEBRABAN, ressalta que os bancos usarão toda sua expertise com o sistema de pagamentos instantâneos, como já fazem com TED e DOC, transferências e boletos, com as melhores tecnologias e o que há de mais moderno em relação à segurança cibernética e prevenção a fraudes.

“Segurança é uma preocupação permanente dos bancos e no caso do Pix estamos bastante vigilantes”, diz. “Dos R﹩ 24,6 bilhões que os bancos investem em tecnologia, mais de R$ 2 bilhões são voltados para segurança da informação”, acrescenta.

Entretanto, Vilain destaca que o cliente deve ficar atento para tentativas de fraudes através de engenhara social, como ataques de phishing, que usa técnicas de engenharia social através de e-mails e SMS falsos ou telefonemas se fazendo passar pelo banco – quando o criminoso manipula a vítima para que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões. Atualmente, 70% das tentativas de fraudes estão vinculadas à engenharia social.

“O cadastramento da chave Pix deve ser feito unicamente nos canais oficiais das instituições financeiras, como o aplicativo bancário e internet banking. O consumidor não deve clicar em links recebidos por e-mails, pelo WhatsApp, redes sociais e por mensagens de SMS, que direcionam o usuário a um suposto cadastro falso da chave do Pix”, alerta.

Banco Inter

O Inter optou por compensar esse impacto por meio de apoio a projetos de energia renovável, espalhados pelo País, em parceria com o Programa Amigo do Clima: Complexo Eólico Ventos do Araripe, na região nordeste, pequenas centrais hidrelétricas em Minas Gerais; e redução de emissões e geração de energia no Aterro Sanitário de Manaus. Ao todo serão compensadas 1.379 toneladas de CO2 equivalente, por meio de créditos de carbono.

A empresa definiu a estratégia de compensação com base em sua materialidade que aponta Energia Renovável como tema material na percepção de seus stakeholders. Foram incluídas em suas mensurações emissões diretas e indiretas, sendo analisados o Escopo 1 e Escopo 2 completos e duas categorias do Escopo 3 (Viagens a negócios e deslocamentos de colaboradores casa-trabalho).

Em 2019, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Inter representaram apenas 1,3% do total médio de emissões atmosféricas dos principais bancos tradicionais e 14% da média das emissões por milhão de clientes para o mesmo ano.