INSS: confira as preocupações a serem tomadas com o CNIS

O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é um cadastro único que dá direito a diversos serviços e a consulta de vários dados sobre sua vida previdenciária. Ali estão contidos, além de seus dados pessoais, os números de documentos como sua carteira de trabalho, seu cadastro na Previdência Social, por quantos anos você vem contribuindo com a Previdência, quanto tempo recebeu auxílio e quantos empregos possuiu até o momento, dentre outras informações.

Nesse sentido, é necessário tomar alguns cuidados referentes a essa base de dados mais utilizada para programar benefícios do INSS. Isso porque, de acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), identificou-se que o CNIS, a base de dados mais utilizada para programar a aposentadoria, tem sido acessado por pessoas que não deveriam.

Essa base de dados é utilizada pelo INSS para calcular e informar o trabalhador sobre as hipóteses de aposentadoria. Todavia, a calculadora do INSS, além de não ser segura, é incompleta, visto que muitos trabalhadores poderiam estar aposentados e nem sabem disso.

Na simulação de cálculo, a Previdência não converte em comum os períodos de atividades consideradas especiais — insalubres, perigosas e penosas —, bem como não simula as possibilidades de benefícios das pessoas com deficiência e não aponta as hipóteses de aposentadorias especiais.

Dessa forma, as informações erradas, de fato, sempre irão prejudicar o segurado. De acordo com especialistas, no CNIS de um trabalhador podem estar faltando períodos trabalhados e contribuições que foram efetivamente feitas. Além disso, também é possível incluir períodos de trabalho que não pertencem ao trabalhador.

O que importa é que nos dois casos alguém sai prejudicado. Portanto, para quem irá se aposentar, ou já aposentou-se, é necessário ficar atento. O INSS, apesar deste deslize, não foi omisso. No rodapé do CNIS, a Previdência deixa claro que “o INSS poderá rever a qualquer tempo as informações constantes deste extrato”.