Com nova previsão de inflação, teto do INSS pode ultrapassar R$ 7 mil

A inflação que não para de subir no Brasil chegou a um novo patamar. Segundo a última previsão do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) já chega a 10,04%, percentual que será usado para calcular o reajuste do salário mínimo no próximo ano.

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Se a expectativa se confirmar, esse também será o valor adotado para corrigir benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso elevaria o teto dos pagamentos a R$ R$ 7.079,50 a partir de janeiro de 2022.

Dessa forma o valor máximo que um beneficiário do INSS poderá receber mensalmente subirá dos atuais R$ 6.433,57 para R$ R$ 7.079,50, um reajuste bastante considerável.

Já o salário mínimo deve sair de R$ 1.100 para R$ 1.210,44, o que significa que o piso do INSS também passará a ter esse valor. Na estimativa apresentada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo espera reajustar o salário mínimo em cerca de R$ 63,44. 

Como fica o valor das aposentadorias?

Confira no quadro abaixo alguns exemplos hipotéticos de como ficará o valor das aposentadorias caso o reajuste de 10,04% seja adotado:

Valor em 2021	Valor em 2022
R$ 1.200	R$ 1.320,48
R$ 2.000	R$ 2.200,80
R$ 3.000	R$ 3,301,20
R$ 4.000	R$ 4.401,60
R$ 5.000	R$ 5.502,00
R$ 6.000	R$ 6.602,40

Aumento e reajuste

Embora seja esperado um reajuste maior no valor dos benefícios do INSS, isso não significa que eles terão um aumento real. Isso porque o governo só oferece o suficiente para evitar a perda no poder de compra dos trabalhadores. Ou seja, mesmo com mais dinheiro, esses poderão adquirir o mesmo que já consomem.

Atualmente, cerca de 50 milhões de trabalhadores e beneficiários do INSS vivem com um salário mínimo, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).