Finanças

Com taxa Selic a 2,75% ao ano, saiba quanto rendem R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 15 mil

Alta da taxa básica de juros também pode afetar os rendimentos de investimentos de renda fixa, visto que são atrelados à taxa Selic ou DI.

Publicado

18/03/2021 às 21:29

Por

Flávia Silva

Nesta quarta-feira, 17, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou a taxa Selic de 2% para 2,75% ao ano. A taxa básica de juros da economia subiu pela primeira em seis anos, e de acordo com o Banco Central, novas altas ainda podem ocorrer.

O aumento ficou acima do previsto pelo mercado. Com a pressão da inflação e um cenário de incertezas políticas, a projeção dos especialistas era de alta de 0,50 ponto percentual. Para o mercado, o aumento na taxa Selic também pode segurar a alta do dólar.

O crescimento da taxa também pode afetar os rendimentos de investimentos de renda fixa, tais como poupança, fundos DI, CDBs com taxas pós-fixadas e títulos do Tesouro Selic. Isso porque os rendimentos nestas modalidades são atrelados à taxa Selic ou DI, cujo valor também é próximo da taxa básica, o que significa que essas aplicações não apresentam resultados tão satisfatórios.

Ao investir na poupança, por exemplo, o cliente acaba perdendo dinheiro a longo prazo, uma vez que o rendimento está abaixo da inflação desde o ano passado. Sendo assim, embora o valor aplicado tenha um aumento, o poder de compra acaba reduzido devido à inflação.

Já o Tesouro Selic pode ser uma alternativa para a reserva de emergência devido à liquidez, o que garante o poder de compra a longo prazo. O Fundo DI simples também é uma opção mais vantajosa, visto que toda a carteira é aplicada no Tesouro Selic, além de não possuir taxa de administração.

Desta forma, com a Selic em 2,75%, o investidor deve ficar atento à rentabilidade e aos custos de cada modalidade antes de aplicar seu dinheiro. Confira abaixo quanto rendem R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 15 mil em diferentes tipos de aplicações e prazos.

Vale destacar que, na simulação a seguir, a taxa de juros aplicada foi de 2,75% ao ano, desconsiderando possíveis aumentos da taxa Selic no período. Além disso, o imposto de renda foi descontado em todas as modalidades, com exceção da poupança, que é isenta. Os cálculos foram realizados pelo coordenador do Laboratório de Finanças do Insper, Michael Viriato, para a Exame.