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Como começar no mundo dos investimentos com R$ 1.000 por mês?

Antes de aportar recursos para investir, crie uma reserva de emergência. Após isso, identifique seu perfil de investidor, objetivos e tempo para resgate.

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Investir com uma quantia pré-determinada por mês é um hábito que pode iniciar com qualquer valor, mesmo apenas R$ 100. Mas com R$ 1 mil por mês há um leque superior disponível de aplicações. No entanto, antes de aportar recursos para investimentos, destacamos a importância de criar uma reserva de emergência. Feito isso, identifique o seu perfil de investidor, objetivos com os recursos aplicados e tempo de previsão para resgate.

Em geral, especialistas financeiros recomendam que a reserva de emergência seja de um montante equivalente a cerca de três a seis meses dos gastos mensais, valor a depender do tipo de trabalho exercido. Essas quantias devem ser aplicadas em um ativo seguro e com liquidez diária, já que pode haver a necessidade de serem resgatadas a qualquer momento. A indicação é a aplicação no Tesouro Selic. 

Com a queda da taxa básica de juros, a Selic, para a mínima histórica de 2% ao ano, a renda fixa perdeu atratividade. Ainda assim, ela continua tendo espaço na carteira do investidor, mas em percentuais diferentes. De acordo com o professor e head de Educação do C6 Bank, Liao Yu Chieh, os títulos do Tesouro Direto são indicados pela segurança e garantia do Tesouro Nacional. “Se for o Tesouro prefixado, o investidor já sabe de largada até o valor que vai receber no vencimento. Se for o Tesouro IPCA+, já se sabe que vai ter a reposição da inflação mais um ganho real no momento do resgate”, afirma. Já para colunista do E-Investidor, Louise Barsi, títulos de crédito privado são opções para médio prazo, como Crédito Direto ao Consumidor (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).

Para o planejador financeiro certificado pela Planejar, Carlos Castro, a indicação é iniciar na renda variável com fundos e ETFs – fundos negociados na bolsa e no mercado de balcão. Segundo ele, um perfil de investidor moderado pode diversificar a carteira com 40% em renda fixa, 35% no fundo multimercado e 25% para renda variável. Já o perfil mais agressivo pode começar com 20% na renda fixa, 40% em multimercado e 40% para renda variável. “Na medida em que o volume vai aumentando, pode-se investir em ações. No entanto, é preciso buscar conhecimento e ajuda profissional”, destaca Castro.

Porém, segundo Barsi, se o investidor tem perfil de risco para isso, é possível já iniciar em ações, especialmente se o aporte investido não for resgatado antes de cinco anos. Agora, se houver medo ou desconhecimento sobre a bolsa de valores, a colunista indica a aplicação de, pelo menos, 20% dos R$ 1 mil em ações, para ir sentindo o mercado. “Procure papéis no início que não oscilem tanto. Empresas do setor de energia e transmissão são papéis mais defensivos, não oscilam tanto e pagam bons dividendos. É uma boa opção para sentir o que é a bolsa de valores”, complementa.

Também, Chieh considera os fundos imobiliários (FIIs) como um bom pontapé inicial para quem está disposto à exposição na renda variável. “Em vez de ter que juntar R$ 500 mil para comprar um imóvel para colocar para alugar, o investidor pode comprar cotas de fundos imobiliários, que é como se ele estivesse comprando uma parte dos imóveis que fazem parte do fundo”, aponta. Nos FIIs, existe a opção de adquirir a cota mínima do fundo e, com isso, todo mês será pago um dividendo. Como salienta o head de educação do C6 Bank, caso o imóvel valorize, a cota segue a mesma perspectiva e o investidor ganha com o crescimento. 

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