Conecte-se conosco

Economia

Conflitos armados no leste europeu devem afetar o preço do plástico no brasil

Os conflitos que vem acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia, já está afetando a economia brasileira, e consequentemente, abala o valor do plástico no Brasil. Entenda!

Publicado

em

No século XXI, após as crises que ocorreram no século XX — o “fim” do mundo bipolar — a sociedade caminhou durante, no mínimo, duas décadas para um sistema interligado de comunicação e, consequentemente, de transições de matérias primas.

Com o mundo altamente globalizado, as Commodities minerais (petróleo, minério de ferro, ouro, etanol, gás natural), Commodities financeiras (real, dólar, euro) Commodities ambientais (água, madeira, geração de energia) e as Commodities agropecuária (café, soja, milho, trigo, cana-de-açúcar, proteína, algodão, borracha etc) passaram a desempenhar um papel de circulação por níveis e setores distintos nas terras emersas do planeta terra.

Nesse sentido, inevitavelmente, os conflitos ocasionados entre Ucrânia e Rússia devem afetar o valor do plástico no Brasil. Caso você não entenda o motivo, a resposta é mais passível de explicação do que se pode imaginar. O plástico está atrelado ao preço do petróleo no mercado internacional (commodity mineral), uma vez que é produzido através de resinas derivadas do petróleo.

À vista disso, o petróleo por si só vem registrando um aumento significativo que antecede o conflito leste europeu, mas que, devido à essa dinâmica (Rússia e Ucrânia) chegou a US$105, o maior preço desde 2014.

O economista do Ibmec, Harold Monteiro enfatizou que “no quesito das commodities, a guerra na Ucrânia se agrava muito e afeta a economia brasileira devido ao aumento dos custos. O plástico por exemplo é uma matéria-prima fundamental na composição de vários produtos, então isso acaba gerando uma alta da inflação e pode ter uns outros produtos em menor escala que venha a ser impactados”.

Não obstante os dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) apontam que o mercado interno brasileiro, anualmente, consome em média 7,3 milhões de toneladas do material. Esse produto está entre os 10 insumos mais consumidos/demandados pelo Brasil, tendo um faturamento de R$90,8 bilhões no setor de faturamento produtivo de plástico. Outro dado relevante é do Ministério da Economia que aponta que há uma elevação de $ 1,3 milhão no Produto Interno Bruto (PIB) e de R$ 3,35 milhões na produção total da economia a cada R$ 1 milhão adicional de produção do setor de transformados plásticos.

Ainda segundo os dados da Abiplast, o setor de construção civil representa 23,1% do consumo de plástico no Brasil, sendo o segmento mais consumidor dessa matéria prima. Em seguida, constata-se o setor de alimentos (20,4%) e Artigos de Comércio em atacado e varejo (9,1%). É importante ressaltar que o Brasil importa esse produto dos Estados Unidos, China, Paraguai e Uruguai.

Por conseguinte, a Rússia é responsável por grande parte da produção de petróleo e exploração de gás natural no mundo.

Nesse sentido, devido às sanções econômicas impostas pela União Europeia e a América do Norte, a interrupção dessa exportação afetará diretamente o Brasil e o restante do mundo.

É o que destaca o economista da FGV Ibre, André Braz, “A indústria de petróleo não afeta apenas o preço da gasolina e diesel, e sim de todos os adubos, resinas, fertilizantes derivados do insumo. Então, na medida em que essa guerra não chega ao fim, isso compromete a distribuição do produto e prejudica muito a cadeia. Vai ser um pouco voltar no tempo e encarar aquele gargalo das cadeias produtivas que a pandemia de Covid nos impôs, muitos setores tiveram que paralisar suas atividades e isso comprometeu muito a logística de distribuição de produtos e agora, é mais ou menos a mesma coisa, mas agora é devido a um embargo. Com certeza teremos falta de mercadoria, aumentos de preço e uma pressão inflacionária”.

Gostou da notícia? Segue nos acompanhando para ficar por dentro de informações globais.

Geógrafo e pseudo escritor (ou contrário), tenho 23 anos, gaúcho, amante da sétima arte e tudo que envolva a comunicação

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS