Copasa lucra R$ 428,5 mi no 1TRI25

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa (CSMG3) registrou lucro líquido de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, resultado 21,9% superior ao do mesmo período do ano passado. O desempenho foi impulsionado pela combinação de aumento de receita, controle de despesas e maior eficiência operacional.

A receita líquida da companhia somou R$ 1,86 bilhão, avanço de 10,2% em relação aos R$ 1,69 bilhão do primeiro trimestre de 2024. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 813,5 milhões, alta de 16,1%. A margem Ebitda subiu de 41,1% para 43,3%, refletindo ganhos de produtividade.

Apesar do crescimento de 6,4% nos custos e despesas operacionais, que totalizaram R$ 1,22 bilhão, o ritmo menor em relação ao crescimento da receita contribuiu para a expansão da rentabilidade. A inadimplência recuou para 2,86% — menor patamar para o mês de março desde 2016.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 22,4 milhões, mas mostrou melhora em relação ao prejuízo financeiro de R$ 48,5 milhões no primeiro trimestre de 2024. A empresa atribui o desempenho a um efeito positivo de R$ 45,6 milhões com variação cambial, resultado da valorização do real frente ao euro.

Copasa (CSMG3): 1TRI25

Em termos operacionais, a Copasa mediu 170,9 milhões de m³ de água e 117,9 milhões de m³ de esgoto entre janeiro e março. O número de unidades consumidoras de água chegou a 5,71 milhões, enquanto as de esgoto somaram 4,19 milhões. O índice de perdas na distribuição caiu de 39,2% para 37,5%, e a razão de empregados por mil ligações de água e esgoto recuou de 1,25 para 1,21 — ambos indicadores de melhoria na eficiência.

Os investimentos da companhia somaram R$ 543,3 milhões no trimestre, 45,9% acima do mesmo período do ano anterior, com foco em infraestrutura e expansão de serviços. A dívida líquida totalizou R$ 5,37 bilhões, com alavancagem de 1,8 vez o Ebitda dos últimos 12 meses, nível considerado saudável.

A Copasa também confirmou o payout de 50% do lucro líquido ajustado para 2025. No primeiro trimestre, distribuiu R$ 180,6 milhões em proventos aos acionistas, sendo R$ 113,3 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) e R$ 67,2 milhões em dividendos.

Outro destaque foi a situação dos reservatórios do Sistema Paraopeba, que operavam com 88% da capacidade no fim de março, garantindo segurança hídrica para os próximos meses.