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Copel foca em aquisições e mudanças em política de dividendos após venda da Telecom

Companhia espera focar investimentos no segmento de distribuição.

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A Copel planeja destinar o montante levantado com a venda neste mês de sua unidade de telecomunicações à expansão de investimentos em seus negócios principais, ao passo que analisará uma nova política de dividendos, afirmaram nesta sexta-feira executivos da estatal paranaense de energia.

Segundo o presidente-executivo, Daniel Slaviero, a companhia espera focar os investimentos no segmento de distribuição, mas  ainda novos negócios em geração e transmissão, preferencialmente por meio de aquisições de ativos operacionais ou já licitados.

“Primeiro, a prioridade são os investimentos na distribuição, na ampliação da rede, na melhoria… e aí nós já estamos olhando e vendo oportunidades em ‘brownfield’, eu diria… a gente vai prospectar isso de maneira bastante ativa”, afirmou Slaviero durante teleconferência com investidores.

A Copel tem registado a recuperação de alguns processos de vendas de ativos que haviam sido paralisados com a pandemia e agora podem ser finalizados até o final de 2020 ou início de 2021, disse o executivo.

Mas ele pontuou que empresa terá “responsabilidade” ao avaliar onde colocará o capital.

Na segunda-feira, a Copel captou 2,395 bilhões de reais com a venda de sua subsidiária integral Copel Telecom, comprada pelo fundo de investimento Bordeaux em leilão. O valor mínimo definido para o ativo havia sido de 1,4 bilhão de reais.

O negócio, classificado por Slaviero como “o fato mais relevante da história recente da companhia”, deve ser concluído até por volta de maio ou junho de 2021, permitindo a entrada dos recursos no caixa da Copel.

A companhia também avaliará leilões do governo para novos projetos de geração e transmissão de energia, acrescentou o CEO.

Compagas

Slaviero disse ainda que a Copel planeja adquirir uma participação de 24,5% detida pela junto à Gaspetro, da Petrobras, na distribuidora paranaense de gás Compagas.

A estatal de energia já detém 51% da Compagas, e avalia que a operação seria vantajosa por conta da perspectiva do governo do Paraná de privatizar a empresa em 2021. Uma outra fatia de 24,5% na Compagas pertence à japonesa Mitsui.

“Vai ter um período para Copel e Mitsui poderem exercer seu direito de preferência… pretendemos estudar e exercer essa opção”, antecipou Slaviero.

A desestatização da distribuidora de gás, estimou o executivo, pode ocorrer no segundo semestre de 2021.

A Copel anunciou na véspera um lucro líquido de 680,4 milhões de reais no terceiro trimestre, aumento de 10,9% na comparação com igual período de 2019.

Política de dividendos

O presidente da Copel também afirmou que a venda da Telecom junto a resultados positivos permitirão à Copel reavaliar sua política de remuneração aos acionistas.

O plano é implementar “uma política de dividendos que seja mais adequada à realidade da empresa” neste momento, explicou o CEO.

Segundo o diretor financeiro da Copel, Adriano Rudek, há uma meta também de permitir uma maior previsibilidade aos investidores.

“Uma política de dividendos que possa dar uma visão de mais longo prazo para nossos acionistas, com regras mais claras, objetivas, sempre baseadas nas melhores práticas de mercado”, disse Rudek.

“Esse se torna agora talvez o tema mais importante de nossa agenda estratégica”, acrescentou.

A nova política deve vir a público no prazo de 60 a 80 dias, ao lado de propostas de reformulação do estatuto social da companhia, que anunciou na véspera que pretende criar um programa de Units e de migração do Nível 1 para o Nível 2 de Governança Corporativa da bolsa B3, estimou o CEO.

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