Cuidado com clonagem de voz pelo WhatsApp: golpistas fingem ser conhecidos das vítimas

Um novo esquema de golpes virtuais tem chamado a atenção de especialistas em cibersegurança. Hackers estariam utilizando inteligência artificial para clonar vozes de familiares de vítimas e cometer crimes por meio do WhatsApp, onde os criminosos solicitam transferências de dinheiro.

O caso ganhou notoriedade após um vídeo viral no México. Nele, um usuário do TikTok compartilhou sua experiência, alertando sobre a nova modalidade de fraude, o que acabou repercutido em veículos como El Universal e levantando dúvidas sobre a autenticidade da história.

Nas imagens, o tiktoker exibe mensagens de áudio enviadas por alguém que se passa por sua mãe, pedindo uma transferência de 3 mil pesos mexicanos, cerca de 150 dólares. A voz aparenta ser da mãe, mas ela nega ter enviado as mensagens, estando ao lado do jovem.

Método do golpe questionado

O tiktoker seguiu a interação com o suposto golpista, prometendo transferir o valor para a conta usual de sua mão. No entanto, a resposta foi um pedido de alteração da conta bancária, sob a justificativa de que a “mãe” não estaria com o cartão.

Especialistas questionam a autenticidade do vídeo e das informações divulgadas pelo usuário. Apesar de possível, golpes com clonagem de voz são raros no mundo da cibersegurança porque exigem tecnologias menos acessíveis.

A possível clonagem da conta de WhatsApp, que está nomeada como “mamãe”, também levanta suspeitas de que a fraude maior possa ser outra, já que o criminoso também precisaria ter acesso ao perfil da mulher.

Perigos potenciais

Embora o vídeo possa ser uma encenação, ele expõe um risco real: a clonagem de voz para fraudes. Mesmo que involuntariamente, o tiktoker pode ter inspirado novos criminosos digitais a explorarem essa técnica.

A ameaça de clonagem de voz por inteligência artificial é uma realidade que precisa ser monitorada de perto, assim como outros tipos de crime envolvendo novas tecnologias.

A conscientização é crucial para evitar que tais práticas se tornem comuns, prejudicando ainda mais pessoas desprevenidas.